Sevop explica aparente demora em obras

 

 

A secretaria de obras de Marabá, Sevop, falou a respeito das obras de ampliação e contenção da orla de Marabá com recursos já disponibilizados no dia 23 de março na conta do município por meio do Ministério da Integração. O valor é para a obra de Execução da obra de infraestrutura portuária e de proteção das margens dos Rios Tocantins e Itacaiúnas.

O líder da pasta de obras de Marabá, Fábio Moreira, participou de entrevista esta semana no programa Rota 770 da Rádio Clube AM 770 Khz de Marabá com o comunicador Elvan do Vale. Segundo Fábio, a principal diferença é quando se faz uma licitação como essa. Normalmente as obras licitadas são como “Tomada de Concorrência”. Nesse caso como foi uma licitação pelo Ministério da Integração a modalidade é RDC (Regime Diferenciado de Contratações Públicas) Integrada.

“As obras normalmente são licitadas já com um projeto pronto e aprovado pela prefeitura. Após a elaboração de um projeto e aprovação na prefeitura é que ocorre a licitação, ou seja, quando a empresa ganha a licitação já existe um projeto aprovado e a empresa pode de imediato iniciar a obra”, explicou o secretário de obras Fábio. “O RDC Integrado que é uma modalidade nova de licitação e foi usado muito na época da Copa no Brasil, o projeto fica a cargo da empresa vencedora, a gente só passa uma concepção”, esclareceu.

Fábio explicou que é como se uma pessoa fosse construir uma casa e já tivesse a planta completa do que ter apenas uma ideia de como seria a casa sem as plantas do prédio.

A vencedora foi a empresa Cejen Engenharia Ltda que ofertou o valor global de R$ 42.170.000,00. A documentação apresentada foi considerada satisfatória, sendo a empresa declarada habilitada.

Fábio Moreira explicou que o mesmo convênio que foi realizado em Marabá pelo Ministério da Integração foi feito também para as obras em Belém e Santarém. As primeiras obras começaram em Belém por ter sido a primeira a firmar o convênio, entretanto no início das obras houve um problema no muro que acabou desabando. “Na ocasião o Ministério da Integração contratou a UFPA para fazer um laudo do porque que o muro desabou e como seria essa recuperação”, declarou.

LAUDO UFPA

Em Marabá a prefeitura além de analisar o projeto apresentado pela empresa contratou os mesmos técnicos da UFPA que fizeram o laudo em Belém. “Eles são capitaneados pelo professor Remo que é PhD em Engenharia de Estrutura de Estruturas pela Universidade da Califórnia e Junior Alencar que é PhD e Especialista em Geotecnia”, disse.

No projeto apresentado pela empresa Cejen Engenharia foi sugerido blocos que se entertravavam o que não foi aprovado pelos especialistas por não haver experiências do uso deles em locais molhados e por terem sido usados somente em estruturas secas. Esse projeto foi vetado pela Sevop. Um segundo projeto foi apresentado com estruturas de estacas que foi aprovado com ressalvas pela equipe de especialistas.

A empresa não achou viável as ressaltas e resolveu apresentar um terceiro projeto contratando um especialista do Pará, professor Nagib Charone da UFPA, o mesmo projetista do muro que foi feito na orla na primeira gestão de Tião Miranda. “Foi apresentado esse projeto na semana passada, já está sendo analisado pela Sevop e até a semana que vem reuniremos com todos para dar um parecer e um acordo”, enfatizou Fábio.

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