á está em vigor o novo salário mínimo de R$ 998, valor que equivale a aproximadamente R$ 33,27 por dia de trabalho e cerca de R$ 4,16 por hora de trabalho. O aumento é de 4,61% em relação ao mínimo anterior, de R$ 954. O novo valor ficou abaixo do inicialmente estimado por ocasião da aprovação do Orçamento Federal, em agosto de 2018, cuja previsão era de R$ 1.006.
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA) estima que, com o aumento do salário mínimo em R$ 44, mais de R$ 1 bilhão deverão entrar na economia da Região Norte nos próximos 12 meses (incluindo o 13º salário).
Segundo o Dieese/PA, desse total de recursos, cerca de metade (R$ 500 milhões) deve ser injetada na economia do Estado do Pará nos próximos 12 meses (mais o 13º salário), uma média de quase R$ 40 milhões por mês. Uma quantidade expressiva desses valores deverá ser direcionada para o consumo.
Ainda de acordo com o Dieese/PA, o novo mínimo vai continuar a comprar pouca coisa em relação ao valor anterior não só devido ao percentual pequeno do seu reajuste, mas porque, mesmo com a inflação em queda, o preço de bens e serviços está alto e a cesta básica no Pará ainda figura entre as mais elevadas do país.
CESTA BÁSICA
Em novembro de 2018, a cesta básica dos paraenses custou R$ 372,24 e comprometeu na sua aquisição cerca de 42% do salário mínimo de R$ 954. O impacto deverá diminuir um pouco, mas não o bastante para que o mínimo atenda aos preceitos constitucionais, no qual o trabalhador pudesse ter o direito a habitação, vestuário, transporte, educação, alimentação, lazer, entre outros. Por isso, para o Dieese, o salário mínimo deveria ser hoje em torno de R$ 3.780, bem longe, portanto, do valor do novo salário mínimo.
É bom lembrar que o mínimo de R$ 998 terá a correção da inflação medida pelo INPC/IBGE do ano de 2018 (janeiro-dezembro, até agora estimada em 3,5%) e a variação positiva de 1% do PIB 2017.
TRABALHADORES
Segundo estudos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA) no caso dos trabalhadores paraenses, o crescimento real do salário mínimo é muito importante, pois quase 40% desses trabalhadores (cerca de 1,3 milhão de pessoas) têm no mínimo a sua remuneração maior.
O total de trabalhadores ocupados no Pará alcança cerca de 3,4 milhões de pessoas.