Corpo de paraense identificada como uma das vítimas de Brumadinho será cremado em MG
Familiares da paraense Lenilda Cavalcante Andrade, 36 anos, que foi identificada na noite de sábado (2), como uma das vítimas da tragédia de Brumadinho (MG), decidiram não trazer o corpo da paraense de volta ao município de Parauapebas, sudeste do Pará. O corpo de Lenilda será cremado em Belo Horizonte e as cinzas serão trazidas pelos familiares até o município na próxima terça-feira (3).
Os pais de Lenilda estiveram no Instituto Médico Legal (IML) na manhã deste domingo (3) providenciando os trâmites para a liberação do corpo. A família saiu do Pará e chegou à cidade mineira na noite do dia 26de janeiro, depois que Lenilda apareceu na lista divulgada pela Vale de possíveis vítimas da tragédia que ainda não haviam sido contatadas.
Os familiares percorreram hospitais em Brumadinho (MG) a procura da filha. Na noite de sábado (2), Lenilda foi identificada como uma das vítimas por meio de impressões digitais.
Perda irreparável
Lenilda Cavalcante Andrade era funcionária da Vale há aproximadamente 10 anos. Ela trabalhou para a empresa em Parauapebas até 2016, quando foi transferida para Brumadinho.
Os pais de Lenilda moraram por um tempo com a filha na cidade mineira, mas acabaram retornando para Parauapebas depois o pai da vítima ter ficado desempregado. “O nosso último contato pessoal com ela foi no Natal, quando ela passou as férias dela aqui conosco”, contou a tia de Lenilda, Lúcia Ramos.
Para Lúcia, a tristeza da família é grande porque Lenilda Cavalcante era uma pessoa muito intensa e alegre. Sempre atuante nas redes sociais e no grupo de comunicação da família.
“Todos os dias pela manhã a gente se comunica. Ela sempre ativa no grupo. Quando amanheceu no dia ela dava o alô dela. Na sexta-feira, logo pela manhã, ela postou uma foto, pedindo fôlego à vida. Vamos sentir muita falta disso”, concluiu a tia.
O Governo do Pará informou que lamenta as mortes da paraense vítima da tragédia em Brumadinho (MG) e reafirmou solidariedade às famílias. “Desde os primeiros dias da tragédia, o Governo vem acompanhando o caso, articulando esforços entre Defesa Civil e o Centro de Perícias Técnicas Renato Chaves no Pará com órgãos de Minas Gerais para prestar apoio aos parentes da vítima”, diz nota do governo estadual.