Os servidores da educação do município de Eldorado dos Carajás já discutem uma possível paralisação das atividades em pleno início do ano letivo para os próximos dias. Eles reclamam a falta de pagamento integral do 13º salário, pagamento do mês de dezembro que também foi parcelado, e outros itens. Mas o que está deixando os educadores com os nervos a flor da pele é o que o pagamento do mês de janeiro de 2019 não veio com base nas gratificações garantidas no Plano de Cargos e Carreiras, o PCCR, e sim, com a carga mínima de 100 horas/aula.
Os educadores ainda reclamam que uma reunião foi realizada com o Sindicato dos Educadores da Educação Pública, o Sintepp, com a comissão de administração municipal para construir um diálogo aonde não ocorresse problemas nos salários dos servidores, justamente o que aconteceu agora. Eles dizem que os repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb, já estaria na conta da prefeitura de Eldorado.
Educadores e eleitores do atual prefeito, Célio Rodrigues da Silva, o “Célio Boaideiro” (MDB), se perguntam como a prefeitura tem caído em “um abismo de descontrole da receita do município” em pouco mais de dois anos de governo. “A população de Eldorado já não aguenta mais tantos desmantelos a frente do cargo do gestor municipal”, diz um dos educadores que não quis se identificar. “Parece que a cidade não consegue encontrar um líder para guiar este município rumo a prosperidade. Eldorado já carrega consigo o ato de nunca reeleger um cargo executivo. Seria esse o motivo de descaso, ou a imaturidade ou a falta de competência dos gestores e eleitores?”, desabafou.
Até o fechamento desta matéria, a reportagem não havia conseguido falar com o prefeito ou o secretário de educação de Eldorado.