Com o auditório do Ministério Público Estadual de Marabá lotado, foi apresentado nesta segunda-feira (11), o projeto das obras de dragagem e derrocamento da via navegável do rio Tocantins, o chamado Pedral do Lourenço.
Representantes dos municípios beneficiados com o projeto, entidades ligadas à preservação do meio ambiente; além de populares interessados no assunto, participaram do encontro que foi presidido pela Promotora de Justiça do Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo, Josélia Leontina de Barro Lopes.
Durante a reunião, a equipe da DTA Engenharia apresentou dados do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental – EIA/RIMA, para a dragagem e derrocamento do trecho. A obra está orçada em R$ 520 milhões.
O secretário de Estado de Transportes, Pádua Andrade, explicou que está sendo iniciada a apresentação do projeto para a sociedade de Marabá e os municípios que serão beneficiados com a obra que é de extrema importância para o estado. “É uma obra que começou lá atrás e o nosso atual governador e ex-ministro Helder teve um papel muito importante de fazer essa gestão política lá atrás para que os recursos fossem garantidos”, informou.
A obra pretende aumentar a navegabilidade da hidrovia do Tocantins e facilitar o escoamento da produção agrícola, pecuária e mineral do Pará, Maranhão, Tocantins, Goiás e Mato Grosso, que tem o Porto de Vila do Conde e a região do baixo Amazonas como destino. O porto tem posição privilegiada em relação ao mercado europeu e ao norte-americano, além de rota com capacidade operacional estimada em 20 milhões de toneladas para o ano de 2025.
Ele destacou ainda que a obra vai trazer um impulso na economia local e para o estado, uma vez que todos estarão ganhando com geração de renda, de emprego, melhoramento do escoamento de produção mineral, agropecuária para a região. “Eu acho que todo mundo ganha com essa obra, que é tão esperada, tão sonhada, principalmente nesta região sul e sudeste do estado”.
PREVISÃO
A previsão de conclusão da obra é de 24 meses. Pádua explicou ainda que eles estão tentando antecipar o processo de licenciamento que depende do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que tem até julho para concluir essa análise e liberar para que a obra inicie. “Então em julho é a nossa expectativa de iniciar, e depois são 24 meses, mas a gente tenta diminuir esse prazo, para 20 ou 18 meses”.