A expectativa é de que novas empresas se instalem no Distrito Industrial de Marabá. A Gusa Brasil está trabalhando para arrendar parte da empresa Sidepar e a Carajás Metal, negocia com a Terra Norte.
O setor guseiro vive a expectativa de retomada da produção no Distrito Industrial de Marabá. A expectativa é de que mais duas empresas voltem a funcionar ainda este ano no município.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Ferro Gusa do Estado do Pará (Sindiferpa), Zeferino de Breu Neto, mais conhecido como Zé Ferra, explica que o Distrito Industrial está pronto. A Âncora Siderúrgica voltou a funcionar há cinco meses (um alto-forno) e tem mais outras duas empresas querendo se instalar. São elas: Gusa Brasil, que está trabalhando para arrendar parte da empresa Sidepar e a Carajás Metal, que está negociando com a Terra Norte.
“Elas estão trabalhando para arrendar as siderúrgicas e as empresas estão se movimentando para poder ligar os altos-fornos. Senão tiver um preço diferenciado do minério para o Distrito Industrial de Marabá acaba não viabilizando”, afirma o presidente do Sindiferpa.
Zé Fera explicou ainda que além do preço diferenciado, eles precisam de um incentivo nas linhas de crédito para viabilizar o reflorestamento para que a empresa fique auto-sustentável. “Se nós conseguirmos avançar nesses dois pontos, nunca mais vai ficar parado”, explicou.
EMPREGO
O presidente do Sindiferpa lembra que cada empresa dessas geraria de imediato de 300 a 400 empregos.
AUGE
Nos anos 2000, foi o auge do projeto de gusa no pólo Carajás. Onze guseiras funcionavam no Distrito Industrial de Marabá, gerando 8.600 postos de trabalho. No efeito dominó que iniciou em 2008, o DIM viu suas empresas fecharem em função da crise mundial que fez despencar o preço do minério de ferro e também do gusa.
DIM
Atualmente, está em operação no DIM a Âncora Siderúrgica e a Siderúrgica Norte Brasil (SINOBRAS). Sua produção estimada hoje é de 300 mil toneladas aço laminado por ano e é voltada para o mercado interno, principalmente construção civil.