Por causa da medida de cortes orçamentários destinados às instituições de ensino, anunciados pelo Governo Federal no último dia 30 de abril, trabalhadores da área da educação irão realizar hoje uma paralisação geral em todo o País. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Pará (Sindtifes), o corte de 30% nas verbas vai prejudicar o funcionamento de todas as universidades e institutos federais.
O coordenador geral do Sindtifes, Marcos Soares, explica que a situação das universidades e institutos federais já é caótica mesmo com a quantia de verba recebida atualmente, e com o corte o problema deve se agravar.
“Essa medida vai trazer grandes consequências para nós. Com a retirada de parte desse dinheiro, alguns serviços básicos, como água e energia elétrica que garantem o funcionamento dos prédios, deixarão de ser pagos, além também dos custeios de bolsas de incentivo à pesquisa dos estudantes”, lamentou.
PREJUÍZOS
O coordenador lembra que a comunidade acadêmica não será a única que perderá benefícios, mas também toda a população que é atendida nos programas oferecidos pelos campi.
“A redução no número de vagas e cursos oferecidos é um exemplo do dano que essa medida deve provocar, além é claro, de grande parte dos serviços de atendimento e internação, por exemplo, realizados pelos hospitais universitários que correrem o risco de serem paralisados”, disse.
Em Belém, a paralisação geral deverá reunir mais de três mil pessoas entre alunos e profissionais de diversas categorias da educação. A concentração do ato programado será a partir das 8h, na Praça da República, em frente ao prédio do Instituto de Ciências das Artes. Já nas cidades de Marabá, no sudeste do Pará, e Santarém, oeste, o Sindtifes também estará participando e dando apoio aos atos dos trabalhadores, professores e estudantes da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), e da Universidade do Oeste do Pará (Ufopa).
Durante a paralisação, todas as universidades e institutos ficarão fechadas. Apenas os serviços essenciais de setores hospitalares e de algumas pesquisas irão funcionar.
(Wesley Costa/Diário do Pará)