abertura do mercado chinês de carne vermelha para o Brasil, somado com a alta do dólar, fez com que o preço do produto aumentasse para consumidores de todo o País. No Pará não foi diferente, o quilo da picanha, por exemplo, está sendo comercializado por mais de R$ 54, e os supermercados estão usando diversas formas de marketing para atrair o consumidor.
Enquanto os supermercados Nazaré, Formosa e Portugal anunciaram, nesta quinta-feira (28), que estão mantendo o preço e o abastecimento em suas lojas, o Líder orientou o cliente a consumir outro tipo de alimento, que não seja a carne bovina. O estabelecimento informou, ainda, que “os preços dispararam e o produto está em falta”. A informação foi colocada em um banner na porta do supermercado.
“Estamos passando por um momento complicado com relação ao abastecimento de carne bovina. Os preços dispararam e o produto está em falta. Os frigoríficos alegam que a exportação do boi em pé e da carne ‘in natura’ para outros países faz o preço subir diariamente. O Líder já utilizou todo o gado em condições de abate de suas fazendas. Os preços estão altos, mas o problema não é só conosco, nem há esperança de voltar à normalidade a curto prazo, só restando a todos substituir a carne bovina por outro tipo de alimento”.
Ao DIÁRIO, o presidente da Associação Paraense de Supermercados (Aspas), Jorge Portugal, garantiu que “não houve e nem haverá desabastecimento. Nenhum supermercado deixou de receber a carne bovina. A população não deve se preocupar”, destacou. Portugal não acredita que o preço da carne vá diminuir este ano. No entanto, disse que a Aspas está em contato com órgãos estaduais e com a indústria para discutir essa questão.
Ele amenizou sobre os cartazes espalhados pelo Grupo Líder para comunicar a alta no preço da carne bovina e a falta no mercado. “Foi um caso isolado. Todos os supermercados estão abastecidos”, ressaltou.