Helder entrega ponte sobre rio Moju em tempo recorde

a manhã da próxima sexta-feira (31), o Governo do Estado do Pará entregará, em tempo recorde, a nova ponte União, que passa sobre o Rio Moju e teve parte da estrutura derrubada no dia 6 de abril de 2019 por uma balsa. A obra durou apenas 7 meses, sem nem um acidente de trabalho registrado, tempo considerado recorde na América Latina, com chances de entrar no Guinness book, e totalmente paga pelas empresas responsáveis pela balsa depois que o governador Helder Barbalho solicitou à Procuradoria Geral do Estado que entrasse com medidas judiciais para responsabilizá-las.

Participarão da inauguração o governador Helder Barbalho, o vice-governador Lúcio Vale, além de outras autoridades, prefeitos da região e população. O evento será realizado às 10h, no quilômetro 48 da rodovia PA-483, conhecida como Alça Viária, no município de Moju, nordeste paraense.

TEMPO RECORDE E GERAÇÃO DE EMPREGOS

Mesmo com a complexidade do projeto, a ponte União foi entregue em tempo recorde: foram 7 meses de obras e nem um acidente de trabalho registrado. A reconstrução do trecho de 268 metros da ponte gerou 550 empregos diretos e 450 indiretos. No canteiro de obras, os profissionais trabalharam em três turnos para garantir celeridade na entrega.

A construção do novo trecho custou R$ 104 milhões de reais, pagos pela empresa dona da balsa causadora do acidente. A obra não teve custos para o Estado do Pará.

O projeto da ponte União foi elaborado pela Secretaria de Estado de Transporte (Setran)  com a consultoria de dois especialistas. Foi utilizado o sistema de estais – cabos de aço de sustentação – que reduzem o número de pilares e viabiliza a formação de distâncias maiores entre eles, o que facilita a navegação.

A engenharia da obra trabalhou em três frentes para conseguir rapidez das obras: a construção do mastro central no meio do rio Moju; a construção pré-fabricada da estrutura de aço do tabuleiro da ponte, feita em Fortaleza (CE); e a remoção dos escombros do rio para liberar os dois novos canais de navegação da ponte, com vão entre eixos de 134 m cada um.

O recurso é bastante empregado, por exemplo, no cruzamento de rios ou canais que necessitem de espaço para passagem de embarcações, como é o caso da região da Alça Viária, que tem agora dois vãos de 134 metros cada.

PONTE UNIÃO É ESSENCIAL PARA ECONOMIA DO ESTADO

A ponte sobre o Rio Moju faz parte do complexo de quatro pontes da Alça Viária – a rodovia PA-483, que tem mais de 70 quilômetros de extensão – e é a principal artéria rodoviária do Norte do Brasil, integrando a Região Metropolitana de Belém ao sul e sudeste do Pará.

Segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), cerca de 10 mil veículos utilizam a Alça Viária diariamente. Por mês, aproximadamente um milhão de pessoas passam pelo local.

A rodovia PA-483 (Alça Viária) é um complexo de pontes e estradas que totaliza mais de 74 km de rodovias e 4,5 km de pontes, construídas para integrar a Região Metropolitana de Belém ao interior do Estado.

A Alça Viária tem início na rodovia BR-316, na altura do município de Marituba e termina no município de Barcarena, permitindo acesso às rodovias PA-475 e PA-150 rumo ao sul e sudeste do Pará.

 

RELEMBRE O ACIDENTE

A colisão que derrubou parte da estrutura da ponte ocorreu às 01h38 do dia 6 de abril de 2019. Uma balsa clandestina carregada com dendê bateu em um dos pilares de sustentação da ponte e destruiu parte dela, que fica próxima do município de Acará.

Logo após o incidente, o governador do estado pediu uma força-tarefa para dimensionar os prejuízos causados. Não houve vítimas.

A ponte tinha 19 pilares, com 868 metros de extensão e 23 metros de altura. Cerca de 300 metros de ponte e 4 pilares caíram no rio após o choque.

 

REMOÇÃO DE ESCOMBROS FOI PRIMEIRO DESAFIO

Na manhã da próxima sexta-feira (31), o Governo do Estado do Pará entregará, em tempo recorde, a nova ponte União, que passa sobre o Rio Moju e teve parte da estrutura derrubada no dia 6 de abril de 2019 por uma balsa. A obra durou apenas 7 meses, sem nem um acidente de trabalho registrado, e totalmente paga pelas empresas responsáveis pela balsa depois que o governador Helder Barbalho solicitou à Procuradoria Geral do Estado que entrasse com medidas judiciais para responsabilizá-las.  .

Participarão da inauguração o governador Helder Barbalho, o vice-governador Lúcio Vale, além de outras autoridades, prefeitos da região e população. O evento será realizado às 10h, no quilômetro 48 da rodovia PA-483, conhecida como Alça Viária, no município de Moju, nordeste paraense.

ESCOMBROS

O desafio preliminar da reabilitação da ponte foi a limpeza dos escombros do fundo do rio Moju, necessária para a cravação das 45 estacas metálicas de 1,2 m de diâmetro, a 55 m de profundidade no fundo do rio para suportar o mastro da ponte que tem 95 m de altura.

Depois do desabamento súbito, já foram retirados 9 mil toneladas de destroços, emaranhados com o comboio (balsa e empurrador), que foram assoreados com os rejeitos de palma transportados pela balsa, do fundo do rio.

Diante dessa situação, a engenharia da obra decidiu pela construção do bloco da ponte em duas etapas: a primeira de 21 estacas para suportar a construção dos pilares do mastro, executada de junho a agosto; e a segunda para dar estabilidade em serviço com 24 estacas, concluída em dezembro.

A limpeza preliminar demandou dois meses e 14 dias por causa da forte correnteza no trecho.

 

EMPRESAS PAGARAM PREJUÍZO QUE CAUSARAM AO ESTADO.

O inquérito aberto pela Polícia Civil (PC) para investigar o acidente na ponte rio Moju apontou que a embarcação que colidiu com a estrutura não tinha licença para o transporte da carga e estava com excesso de peso, aproximadamente 2 toneladas de dendê.

Segundo a Capitania dos Portos, estava proibida a navegação de embarcações naquela região no horário do acidente.

A Justiça, então, por meio da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), deferiu e determinou o bloqueio de R$ 185 milhões das empresas responsáveis, que foi serviram para a contenção dos danos do incidente e para a reparação dos prejuízos causados pela colisão da embarcação.

A decisão foi proferida pelo juiz Raimundo Rodrigues Santana, titular da 5ª Vara de Fazenda Pública dos Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, contra as empresas Biopalma, Jari, CJ da Cunha, IC Bio Fontes, Agregue e Kelly Oliveira.

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