Saúde: CAPS mantém atendimento aos usuários com crises

Durante o período de quarentena, o Centro de Atenção Psicossocial de Marabá (CAPS III) está realizando apenas o acolhimento de primeira vez e o atendimento e consulta de pessoas que estão em período de crise. Ou seja, não estão sendo realizados grupos de trabalho e convivência, nem sessões de terapias para pessoas estáveis.

No entanto, segundo Charles Roosevelt, médico de saúde mental do CAPS, nesse período, o número de casos de crises cresceu. “A gente percebe que tem aumentado o número de crises neuróticas do tipo depressiva. Está tendo mais casos e estamos começando a fazer pesquisa em cima disso, para averiguar mais profundamente como está a questão em Marabá”, comenta.

Por enquanto o CAPS não está realizando nenhuma forma de atendimento online, mas a ideia já está em pauta. “Conforme a quarentena foi se alongando estamos pensando nessa possibilidade, mas por enquanto o atendimento ainda é realizado apenas no CAPS”, conta Charles.

Uma parceria da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) com a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) disponibiliza atendimento psicológico online, mas apenas para os profissionais de saúde do município.

Para debater sobre a luta antimanicomial e tirar dúvidas sobre como cuidar da saúde mental, sobretudo durante esse período, o CAPS realizou, no dia 18 de maio, uma transmissão ao vivo com vários profissionais do Centro. O conteúdo da live pode ser assistido na integra no perfil do Facebook do CAPS.

Cuidando da saúde mental

Os problemas de saúde mental mais comuns que podem surgir durante a quarentena estão o pânico, ansiedade social, depressão, hipocondria, piora de neuroses, crises que passam da mente para o corpo, com o aparecimento de sintomas físicos.

Entre as principais dicas para cuidar da saúde mental estão: buscar ser sempre racional, não procurar inimigos imaginários para culpar pela situação do vírus, controlar o acesso às informações, fazer exercícios físicos, buscar ter o pensamento positivo, criar uma rotina para o tempo livre, manter o contato social possível, se expressar e buscar solidariedade e empatia.

É necessário também ter cuidados especiais com alguns grupos de pessoas como idosos, cuidadores, pessoas com transtornos e crianças. Usar sempre a criatividade, buscar construiu um ambiente com expressividade e conhecer seus limites. “Precisam expressar seus sentimentos de raiva, alegria e desejo. Dar esse espaço à elas, sentar uma hora por dia, questionar como ela está. Fazer brincadeiras, utilizar músicas, imagens e dar a informação clara do que está acontecendo”, completa.

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