VEREADOR MAIS ANTIGO DA CÂMARA CONFIRMA QUE VAI DISPUTAR REELEIÇÃO

O vereador Miguel Gomes Filho, o Miguelito concedeu entrevista ao Zeca News e confirmou que vai disputar o cargo no legislativo municipal pela nona vez. Como novidade, o vereador apresenta um projeto inédito de renda mínima municipal, um tipo de “Bolsa Família”, local para as famílias de baixa renda e carentes localizadas na periferia de Marabá.
Vereador fala também sobre como o vereador experiente consegue ver melhor os problemas do município e entender a diferença entre poder executivo e poder legislativo.

Quantos mandatos o senhor já possui na Câmara de Marabá
R – Oito mandatos. As pessoas podem pensar que eu já sou muito antigo, mas é preciso ser antigo para poder passar experiência e conhecimento. Porque ser vereador é aprender a Lei Orgânica do Município, é saber a Constituição Federal, é saber o Regimento Interno, é saber o que significa uma Lei de Diretrizes Orçamentárias. Se o vereador não souber isso ele não poderá vir para a Câmara. O vereador tem que estar na Câmara, estudar, se preparar melhor, para que ele possa votar os projetos oriundos do poder executivo com sapiência. Vereador não é mini-prefeito.
Às vezes as pessoas votam no vereador para asfaltar a rua dele, para o vereador fazer um posto de saúde e escola. Não! Essa não é a função do vereador, é a função do prefeito. A função do vereador é estudar, é aprender para poder desenvolver um bom trabalho para poder votar os projetos oriundos do executivo com sabedoria.

Durante a pandemia o senhor tem participado ativamente das audiências remotas e o senhor faz parte de uma comissão importante, de que se trata?
R – Sou presidente da Comissão de Saúde e da Comissão de Segurança Pública. Presidente da Comissão de Administração e de Justiça, Legislação e Redação. Faço parte de uma série de comissões porque as pessoas acreditam que sei alguma coisa, que tenho experiência. Os novos vereadores chegam aqui e acham que vão fazer ruas, escolas, creches. No dia a dia ele vai perceber que ele tem que fazer leis, votar as leis, entender o que é uma Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Com sua experiência em meio a pandemia do novo coronavírus, o que o senhor tem observado e apresentado na questão da saúde?
R – Apresentamos muitas coisas e participamos do que tem feito o poder executivo. Mas posso destacar um projeto aprovado pela Câmara como um todo que foi pegar um pouco dos repasses de cada vereador e passar para a saúde para o combate ao Covid-19 e para compras de cestas básicas. A população mais carente que está sem trabalho precisa comer. Já de minha autoria, criamos um ante-projeto de renda mínima, já temos a renda mínima dada pelo governo federal que é através do Bolsa Família e nós precisamos ter uma renda mínima criada pelo município.
Em Marabá temos famílias pobres que não tem o Bolsa Família e o município tem que chegar perto e fazer com que essas pessoas possam ganhar algum quinhão, alguma coisa para que elas possam sobreviver.

Fale um pouco mais sobre esse “renda mínima”
R – O programa de renda mínima é a Seaspac, a Secretaria de Assistência Social, vai fazer um levantamento na população da periferia do município. Aquelas pessoas que não tem um mínimo de renda, ou que tenha uma renda por família por exemplo de R$ 300, essa pessoa não consegue sobreviver. O município vai entrar complementando esta renda que ainda não está definido o que é, mas pelo menos mais R$ 300. São muitas as pessoas que precisam, pessoas que não podem ser pedintes nas ruas. O município tem a obrigação de cuidar dessas pessoas.
Marabá é um município rico, tem uma renda fantástica, arrecadação por conta dos projetos minerais. De que forma isso está sendo aplicado, e em que pode melhorar impactando em uma melhor qualidade de vida da população?
Temos que levar em consideração que o município, apesar de ter uma grande arrecadação também tem despesas. Mas ninguém diz o tamanho da despesa. Marabá não tem muita folga para dizer que tem dinheiro sobrando. Quando é bem administrado, como é o caso agora o município vai bem, quando não é complicado.

O senhor vai para o novo mandato, vai encarar novamente as eleições?
R – Tô na luta. Depende do povo. Eu acho que ainda não é hora de pegar o chapéu e ir embora. Ainda posso dar muito ao meu município e muita gente diz que eu não posso sair, tem que ficar. E se você perguntar para qualquer um dos vereadores todos vão dizer que o Miguelito tem que ficar e até agradeço os companheiros por essa boa vontade comigo.

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