Pesquisa das organizações sociais Terra de Direitos e Justiça Global, com dados inéditos, mapeia as violações de direitos humanos no Brasil decorrentes da violência política, no período entre 1º de janeiro de 2016 e 1º de setembro de 2020, e revela que a violência contra a vida de representantes de cargos eletivos, candidatos ou pré-candidatos aumentou significativamente nos últimos quatro anos.
Foram objeto de estudo 327 casos: 125 assassinatos e atentados, 85 ameaças, 33 agressões, 59 ofensas, 21 invasões e 4 casos de prisão ou tentativa de detenção de agentes políticos. O Rio de Janeiro foi o estado com maior número de assassinatos e atentados, 18 no total. Minas Gerais, Ceará, Maranhão e Pará dividem o 2º lugar no ranking, com 11 casos em cada. E 91% das vítimas são vereadores, prefeitos ou vice-prefeitos (pré-candidatos, candidatos ou eleitos).
O levantamento identificou também um acirramento de agressões motivadas por violência política após as eleições de 2018. Em 2017, foram registradas 3 situações; 2018, 11 casos e 12 em 2019. No ano passado houve pelo menos um episódio de violência política a cada três dias no Brasil.
As mulheres foram vítimas de 76% dos casos registrados de ofensa. O estudo constatou que a violência política dirigida a elas tem outros contornos, como o não reconhecimento como agente política. Cliquem aqui para acessar o documento na íntegra.