Juíza do Pará lança livro sobre suas experiências maternas

Em sua primeira publicação, Adriana Tristão reúne memórias, imagens e rezas que marcaram a relação entre ela e seus três filhos

 

 Um livro de uma mãe sobre seus filhos. Assim é a obra de estreia da juíza Adriana Divina da Costa Tristão na literatura, intitulada “Os três, meninos da minha alma” e lançada este ano pela Editora Kelps. A maior parte do livro foi escrita durante a pandemia e, apesar de possuir elementos educativos, religiosos e de autoajuda, o ponto forte da obra é registrar as histórias e memórias da autora sobre os seus três filhos, Felipe, Alexandre e Bruno.

            Adriana Tristão relata que a intenção ao escrever não foi alcançar sucesso comercial, mas sim catalogar relatos familiares que seus descendentes possam consultar no futuro. “O livro eu fiz em homenagem aos meus três filhos. É um livro de memórias, com um tom de religiosidade, onde eu falo das agruras do nascimento, do parto, das formas de criação, das músicas que eu cantava e das orações que eu rezava em cada problema na vida dos três meninos”, explica a autora.

            Ao falar sobre as várias etapas da criação das três crianças, Adriana Tristão dá dicas que podem ser aproveitadas por outros pais e mães. “O livro narra várias situações vivenciadas e a forma que usei para lidar com elas. Mesmo sendo meninos e irmãos, as crianças não são iguais. Cada um tem suas peculiaridades e tratá-los de forma diferente foi necessário. Outros pais e mães que porventura passem por momentos semelhantes na criação, poderão tirar alguma lição útil ao ler o livro”, afirma a magistrada e, agora, escritora.

            O pré-lançamento do livro “Os três, meninos da minha alma” ocorreu neste mês de janeiro, em Mossâmedes (GO), com presença apenas dos familiares da autora. No entanto, Adriana Tristão conta que no futuro pretende fazer um novo evento para lançar o livro no Pará. “Meus pais pertencem ao grupo de risco e eu não poderia deixar de compartilhar com eles, em primeiro momento, mais esse sonho. A transmissão on-line do lançamento não foi possível em razão da localidade, uma fazenda na zona rural onde vive minha família. Todavia, o lançamento propriamente dito será em Marabá, em data a ser definida após o início da vacinação preventiva da covid-19”, explicou.

            Magistratura e Maternidade

            A autora também é juíza titular da 1ª Vara do Juizado Especial de Marabá, no sudeste do Pará. No mesmo município, é coordenadora do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania – CEJUSC. Para ela, as experiências como magistrada e como mãe são vinculadas e a tornam uma mulher melhor em ambos os aspectos.

“Como juíza-mãe, vejo os jurisdicionados com outros olhos e passo a entender que aquele conflito posto pode ter origem na criação que tiveram. Isso molda a minha postura na audiência, a tratar cada um segundo a sua desigualdade para melhor aplicar os princípios basilares do direito e da justiça. Assim também lido com meus filhos, que, embora de mesmos pais e idêntica criação, são totalmente diferentes e merecem tratamento desigual. Isso não é discriminação e nem privilégio, é compreender o fundamento da equiparação e do amor ao próximo”, conclui Adriana Tristão.

Serviço

“Os três, meninos da minha alma” pode ser adquirido em contato direto com a autora, por meio do e-mail adrianadacosta.tristao@gmail.com. A obra, que possui 76 páginas e foi publicada sob o selo da Editora Kelps, de Goiânia (GO), em breve ganhará também uma versão e-book.

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