SUS/ Sistema que salva vidas: Medicamentos e suprimentos são garantidos no combate à covid

No Hospital Municipal de Marabá (HMM) onde as internações nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) chegam a 100% de ocupação e os de Unidade de Cuidados Especiais (UCE) passam dos 70%, não faltam medicamentos e insumos necessários. Além de profissionais qualificados, média de 135, os pacientes contam com equipamentos, medicação e oxigênio. O HMM opera com 65 leitos exclusivos para pacientes com covid-19, entre UTI, UCE e leitos de estabilização. Mais de 16 mil vidas foram salvas em Marabá em 1 ano de pandemia. Só por meio de recursos próprios, foram dispensados mais de 79 mil ampolas de medicamentos dos kits de intubação ao hospital da cidade, nesse período.

Para enfrentar esse cenário pandêmico, é preciso um esforço conjunto. As ações da Prefeitura de Marabá com o apoio de parceiros como os governos federal e estadual e a sociedade têm dado o suporte aos profissionais de saúde, os heróis dessa guerra.

“A gente aqui no Hospital Municipal está muito padrão. Com todos os padrões de assistência que preconiza o Ministério da Saúde e talvez até mais, porque a gente está correndo atrás, a gente está buscando. A prefeitura, a Secretaria de Saúde, na medida do possível, porque a crise não é só nossa, está suprindo com medicamentos, os correlatos, insumos em geral”, observa a enfermeira Michelle Nunes, especialista em urgência e emergência, e diretora da equipe de enfermagem do HMM.

Autossuficiência em produção de oxigênio garante tratamento para pacientes

Ao contrário de outros lugares, Brasil a fora, a falta de oxigênio e cilindros não é problema na rede municipal de saúde em Marabá. A usina instalada no Hospital Municipal (HMM), ainda antes da pandemia, há cerca de 3 anos, garante o fornecimento contínuo de oxigênio aos pacientes com covid-19.

O sistema é capaz de produzir 30 metros cúbicos por hora de gás medicinal. Por meio de tubos, o oxigênio é canalizado direto aos leitos dentro do HMM. Na área covid, onde funciona a estabilização, o oxigênio chega por meio de cilindros, em média 30 balas por dia. Os equipamentos são substituídos na medida em que vão sendo utilizados.

Fabrizzio Bastos, diretor administrativo do HMM, enfatiza que a produção de oxigênio local tem dado segurança aos profissionais no atendimento aos pacientes.

“Nesse momento, hoje, temos um consumo muito grande em relação ao covid e isso nos dar uma segurança para continuar oferecendo o tratamento aos nossos pacientes. É menos uma preocupação pra gente e assim conseguimos focar em outras situações. Estamos trabalhando numa média de 60 a 80% de consumo”, esclarece o diretor.

Fabrizzio Bastos, diretor administrativo do HMM

O gás medicinal é utilizado em situações como paradas respiratórias, nebulizações, nos setores de pediatria, centro cirúrgico e pronto socorro. Durante a pandemia, o consumo aumentou devido a uma das características da covid-19, que é a infecção respiratória, que provoca a falta de ar.

“Nunca que imaginávamos que poderia ter uma doença dessa natureza, né?!, que fosse consumir tanto oxigênio. Logo quando o prefeito assumiu na gestão anterior, isso já havia sido conversado em uma reunião, sobre a necessidade de oxigênio, que a fábrica de produção de oxigênio seria interessante, talvez o custo fosse até melhor para o município. A resposta veio favorável porque hoje nós temos uma produção em grande quantidade. Nós não temos dificuldade de oxigênio e a nossa necessidade está dentro do aceitável”, reforça Luís Sergio Matos, diretor clínico do HMM.

Profissionais de saúde tem autonomia no tratamento de pacientes com covid-19

De acordo com dados da SMS, já foram investidos mais de 11 milhões de reais, entre aquisição de medicação e materiais técnico hospitalar para conter o avanço da doença em Marabá. A alta na procura de atendimento no HMM, por conta da pandemia da covid-19, demanda esforço dos órgãos e profissionais de saúde, seja no aumento de leitos, uso de medicamentos ou dos kits de intubação.

Os anestésicos, sedativos e bloqueadores neuromusculares, por exemplo, são medicamentos básicos para garantir a intubação dos pacientes. O problema é que o país tem sofrido com o fornecimento desses materiais e a matemática é clara e nenhum pouco favorável. Quanto mais casos graves de covid surgem, menor é o estoque desses produtos.

“O HMM não foge muito da realidade a nível de Brasil. Em relação a orotraqueal (procedimento que visa preservar a respiração) temos de sobra. As medicações passam a ser nosso maior problema, mas a gente dá alternativas. A gente consegue hoje a primeira linha de intubação e quando acaba, a gente vai para a segunda linha e tem um outro fator que seria a parceria que existe entre os hospitais. Nós não tivemos nenhum momento que faltou medicação ou material do kit intubação” explica Luís Sérgio diretor do HMM, sobre os esforços para salvar vidas no atual cenário brasileiro.

“Tudo o que a gente tem pedido para o setor covid, tanto o secretário quanto o prefeito não medem esforços. Eles sempre deixam aos nossos cuidados. Sempre falam: ‘técnicos são vocês, deixa que eu só executo a parte que não cabe a vocês’. Então, nós temos um feedback muito positivo em relação a essas medicações e não falta, nós temos, estamos aí prontos para atender a população de Marabá”, reforça o profissional.

Luís Sergio Matos, diretor clínico do HMM

Assistência precoce no combate a covid

As pessoas com sintomas da covid-19 podem procurar a Central de Testagem da Covid-19 para a realização do teste rápido, também aos sábados e domingos. O espaço foi implantado pela prefeitura para acelerar o atendimento às pessoas com sintomas e, consequentemente, possibilitar o atendimento precoce. Só em 2021, já foram realizados quase 4 mil testes, mais do dobro do ano passado, quando foram testadas 3.288, pessoas.

Uma das estratégias de assistência precoce às pessoas infectadas é a distribuição de medicamentos que são dispensados mediante receituário médico no Trailer Covid, em frente ao HMM, no Centro de Especialidade Integradas (CEI) e na Unidade de Saúde Carlos Barreto, em Morada Nova.

“A medicação é feita dentro do seu tempo, no tempo certo. Não adiante você estar dez dias com a doença e achar que você vai tomar ivermectina e vai resolver, não vai mais. Se você chega na fase inflamatória da doença, que é rápida que ela evolui, não adiante ficar tomando zinco, aí é outro nível de medicação. A doença tem suas fases e as medicações são de acordo com as fases dela. Não são a mesma coisa. A vacina é a melhor forma de não pegar a doença, se pegar vai pegar de forma branda. Então se tiver na sua fase de tomar a vacina, tome a vacina” explica o médico Luís Sérgio.

Em relação à prevenção, com a campanha da vacinação em desenvolvimento, até esta quarta-feira, 28, a Prefeitura de Marabá, já havia vacinado quase 22 mil pessoas contra a covid-19.

 

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