Uma fábrica clandestina de medicamentos fitoterápicos foi fechada na noite desta segunda-feira (17), em Marabá, sudeste do estado. O local não tinha licença para fabricação dos remédios, segundo a Polícia Civil.

Além disso, os medicamentos eram acondicionados e manuseados de forma irregular.

A Polícia Militar foi quem recebeu a informação do funcionamento da fábrica, localizada no Bela Vista, no Núcleo Cidade Nova. Durante a ação o proprietário do local, Maramaldo Sandro de Oliveira Silva, foi preso acusado de crime contra saúde pública.

Era uma produção rudimentar em que em um tacho era derretido açúcar e adicionava copaíba e andiroba. O produto era envasado em garrafa long neck de cerveja e eram afixados vários rótulos diferentes”, informou o delegado Vinícius Cardoso, da Polícia Civil.

Haviam vários rótulos que diziam ser para a Saúde da Mulher, Cerveja Preta Medicinal, Aguardente Alemã e Plantas de Curam, os quais deveriam ter composições diferentes, mas era feito com a mesma composição.

“Os ingredientes constantes no rótulo não conferem com os insumos utilizados na fabricação e não há comprovação na qualidade e eficácia desse produto”, disse o delegado.

Por isso, a prática caracterizou-se como crime contra saúde pública, além de que a fábrica não possuía registro junto a Vigilância Sanitária.

“Trata-se de um crime sério, de reclusão de 10 a 15 anos, em razão dos gravíssimos problemas que podem causar na saúde dos usuários, tanto por não surtir os efeitos esperados, quanto pelo seu potencial de prejuízo a saúde em razão das péssimas condições em que era fabricado”, ponderou o delegado.

Todo material foi apreendido, será periciado e posteriormente encaminhado para destruição.À polícia, o acusado informou que vendia os produtos a mais de seis anos, os quais eram vendidos por R$ 2 para revendedores e R$ 10 para os clientes finais.

Maramaldo Sandro de Oliveira Silva foi autuado em flagrante e encontra-se à disposição da justiça.

 

Alessandra Gonçalves

Produtora e Repórter do GRUPO RBA MARABÁ
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