O corpo do comandante Antônio Carlos Junqueira, 68 anos, será cremado amanhã, quarta-feira, 5, em Araguaína (TO), e depois trazido de volta para Marabá. Ele é mais uma vítima da covid-19 na cidade. Pioneiro na aviação civil no município e região, Junqueira morreu na manhã desta terça-feira, 4, no Hospital Regional. Após ter apresentado os sintomas do novo coronavírus, no dia 19 de abril, o aviador foi internado no Hospital Municipal, de onde foi transferido no dia 22 para uma UTI do HR.
Junqueira chegou a Marabá ainda na década de 1970 e, no início da década de 1980, fundou a Juta – Junqueira Táxi Aéreo. À época, o Garimpo de Serra Pelada estava em seu auge e o Projeto Grande Carajás estava sendo implantado.
Antônio Carlos Junqueira teve atuação relevante na Maçonaria e no Rotary Club, onde desenvolveu excelente gestão com iniciativas que elevaram mais ainda o nome do clube de serviços, como a criação do Banco de Cadeiras de Rodas. Deixa viúva Viviane e órfãos quatro filhos e três netos.
Homenagens
O Rotary Club, em nota, se manifestou:
“Infelizmente, perdemos o Comandante Antonio Carlos Junqueira, nosso companheiro no Rotary Club de Marabá, um exemplar rotariano por 42 anos, ex-presidente, Companheiro Paul Harris e Fundador do Banco de Cadeira de Rodas em Marabá.
O Rotary perde uma pessoa fantástica, nosso comandante salvou inúmeras vidas nos céus da Amazônia com a JUTA Táxi Aéreo”.
A Associação Comercial e Industrial de Marabá também lamentou a morte de Antônio Carlos Junqueira:
O maçom e ex-gerente do Banco do Brasil em Marabá, Ademar Rafael Ferreira também prestou emocionada homenagem:
AO IRMÃO E COMPANHEIRO JUNQUEIRA
Sempre insisto no entendimento que os amigos são anjos que Deus espalha às margens das estradas que trilhamos, alguns se transformam em verdadeiros IRMÃOS.
Este é sentimento de gratidão que levarei de Junqueira. Foi para mim um irmão, para Helaine um cunhado e para Raissa e Sávio um tio atento. Quando assumi a presidência do Rotary de Marabá e no comando da Loja Maçônica Firmeza e Humanidade Marabaense nº 6 tive nele um grande conselheiro. Nunca se negou a prestar a ajuda solicitada.
Tinha um tom de voz ditado pelo coração, nada dele tinha maquiagem. Era tudo na cara limpa. Defensor intransigente das suas convicções, todas moldadas no juízo de valor que julgava adequado.
Muitas vezes teve que sentar nos altos batentes que o destino colocou à sua frente e sempre encontrava forças para seguir em frente. Combateu o bom combate.
Como empresário lutou pelo desenvolvimento da região, na época do plebiscito para criação do Estado de Carajás foi ativo e operante todo tempo. O homem do mundo dos negócios cedia espaço para o homem do voluntariado. Neste campo ele crescia, era imbatível.
Pensava longe e sempre com largo alcance social. Como poucos entendia a lógica da Fundação Rotária e, como raros, se empolgada com os títulos Paul Harris.
No Rotary, quando foi dado ao clube o direito de escolher uma personalidade durante as festividades do centenário do RI, vibrou com a deferência dada pela governadoria. Leonildo Borges Rocha – Leo fiou com a comenda e Junqueira com a satisfação de ver seu Clube sendo destaque no estado.
Deixou como maçom e como rotariano muitas marcas em Marabá e região. Deixa-nos órfão dos valores que carregava, contudo, deixa um legado custoso de ser conduzido sem ele.
As companheiras e as companheiros do Rotary Clube Marabá precisam levar para cada reunião e para cada ação rotária o compromisso do companheiro que nos deixa. Assim fazendo estarão, de fato, dando o que ele merece.
Ademar Rafael Ferreira – João Pessoa – PB, 04.05.21