Empresário acusado de matar jovem grávida em Parauapebas, no PA, é condenado a 24 anos de prisão

Grávida aos nove meses, Ana Karina Guimarães foi morta a tiros em 2010. O corpo foi jogado em rio e nunca foi encontrado.

 

O empresário Alessandro Camilo Lima foi considerado culpado pela Justiça do Pará por homicídio qualificado, aborto e ocultação de cadáver no caso do assassinato de Ana Karina Guimarães, morta aos 29 anos e grávida de 9 meses em 2010 na cidade de Parauapebas, sudeste do estado. A jovem foi jogada no rio e o corpo nunca foi encontrado.

Apontado como mandante do crime, Alessandro era noivo da vítima e foi condenado a 24 anos de prisão em regime fechado. O julgamento começou pela manhã desta quinta (10) no Fórum Criminal de Belém.

Outros dois réus foram julgados – Francisco de Assis Dias, condenado por ocultação de cadáver e deve cumprir três anos e 40 dias de prisão; e Graziela Barros de Almeida, que foi absolvida de todas as acusações por falta de provas. Ela é noiva de Alessandro.

Alessandro confessou que matou a jovem junto com Francisco e Florentino Rodrigues, que já foi julgado e condenado a 24 anos de prisão, em 2013.

Antes do início do julgamento, representantes de movimentos sociais, que trabalham na defesa dos direitos humanos, estiveram na frente do fórum. Eles realizaram um protesto e deixaram cartazes na porta do prédio, pedindo justiça pela vítima. Na entrada, amigos e familiares colocaram fotos da vítima. Por causa da pandemia, o juiz restringiu o acesso à sala do julgamento.

O Ministério Público afirma que os três acusados tiveram participação no crime e que Ana Karina foi morta a tiros. O corpo teria sido colocado em um tambor e jogado no rio Itacaiúnas.

Ao todo, foram ouvidas seis testemunhas, sendo três presencialmente e três por vídeo conferência. Os acusados respondem em liberdade por homicídio qualificado, aborto e ocultação de cadáver.

Entenda o caso

 

Alessandro Camilo é apontado pelo Ministério Público como mandante do crime e teve pedido de habeas corpus negado. Ele teria planejado o assassinato com o apoio de sua noiva, Graziela Barros de Almeida, e atraído a vítima para uma emboscada. Alessandro, sob o argumento de que repassaria valores a Ana Karina para as despesas do parto, marcou encontro com a vítima, levando-a para um local ermo, onde já aguardavam Francisco de Assis Dias e Florentino de Souza Rodrigues, os outros dois acusados no processo.

A vítima foi morta a tiros, sendo depois colocada em um tambor que estaria na carroceria da caminhonete de Alessandro, e jogada no rio Itacaiunas. Antes, no entanto, os acusados teriam colocado pedras no tambor e feito perfurações, para que permanecesse no fundo do rio.

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