Pará fecha mês de junho com redução de 14% nas ocorrências de focos de calor

424 focos de calor foram notificados, com redução de mais de 10% em relação aos 491 focos registrados no mesmo período, em 2020

O estado do Pará reduziu em 14% o número de focos de calor no mês de junho de 2021, em relação ao mesmo período do ano passado. As informações são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgadas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), nesta terça-feira (06).

Conforme o levantamento, o Pará registrou, no mês de junho, 424 focos de calor, contra 491 ocorrências registradas em junho de 2020. Com o índice, o Pará contribuiu com 18,3% no total de focos registrados pelos estados no Bioma Amazônico, e se comparado com o mesmo período do ano passado, o estado contribuiu com 21,8%.

“Já em junho de 2021, comparando com junho de 2020, em termos de chuva, o padrão climatológico foi muito semelhante e ainda assim conseguimos ter uma redução de 14% dos focos de queimadas. Alguns fatores podem ter contribuído, como uma nebulosidade mais significativa e presença de umidade; esses fatores meteorológicos são condições necessárias que colaboram para atenuação ou agravamento de queimadas”, afirmou o coordenador do Núcleo de Monitoramento Hidrometeorológico da Semas, Saulo Carvalho.

Além da influência climatológica, o secretário adjunto de Estado do Meio Ambiente, Raul Protázio, ressalta que a redução também é fruto do trabalho de conscientização que o Governo do Pará vem realizando em especial nas regiões sul e sudeste do estado. “A maior presença do Estado nessas regiões está alinhada com o Plano Amazônia Agora, que tem o objetivo de garantir os avanços econômicos e tecnológicos do setor rural, aliado a boas práticas ambientais”, ressaltou.

Combate – Com o objetivo de contribuir para redução das emissões oriundas de queimadas e incêndios florestais em 2021, o Governo do Pará, por meio da Semas, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (IDEFLOR-Bio), Defesa Civil, Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA), Polícia Militar do Pará (PMPA), Polícia Civil do Pará (PCPA), Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (SEGUP) e Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC) atuam de maneira contínua nas ações preventivas e repressivas.

As ações conjuntas entre esses órgãos se dão por meio da Força Estadual de Combate ao Desmatamento – FECD, instituída pelo Decreto Estadual nº. 551/2020, e que consolida a presença do Estado em áreas onde ocorrem ilícitos ambientais. A participação do Corpo de Bombeiros Militar nas operações é um avanço no que tange ao combate a incêndios.

Tecnologia

A escolha dos municípios prioritários para as ações de combate ao desmatamento e incêndios florestais ocorre com base no monitoramento das informações obtidas no sistema DETER/INPE. As análises dos dados DETER são feitas pelo Centro Integrado de Monitoramento Ambiental – CIMAM. Desta forma, os alvos em campo são indicados a partir do monitoramento de imagens de satélite de alta resolução espacial, com boa temporalidade, apontando as áreas degradadas e desmatadas na região. Atualmente, a SEMAS utiliza o Google Earth Engine e imagens dos satélites Planet, que permitem acompanhar essas transformações na cobertura vegetal com maior rapidez e precisão, quase que em tempo real, quando as condições climáticas e a cobertura de nuvens permitem a visualização das áreas de interesse.

Além disso, o Governo do Pará, por meio de Cooperação com a Universidade de Wageningen, da Holanda, deve aprimorar este trabalho, uma vez que esta cooperação prevê o uso de radares nesse monitoramento, que superam o problema de ocorrências e nuvens e garantem maior precisão na atividade. Esta cooperação está fase inicial.

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