Governo do Pará se une aos esforços de proteção do ecossistema amazônico

A força estadual de combate ao desmatamento, que atua desde maio de 2020, já realiza a 15ª edição da Operação Amazônia Viva

O Dia da Amazônia, celebrado em 5 de Setembro, é mais um instrumento de conscientização sobre a importância desse ecossistema. E nesse esforço para preservar uma das regiões mais essenciais ao planeta, o Governo do Pará desenvolve diversas ações, mobilizando órgãos como a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) e Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio).

Titular da Semas, Mauro O’ de Almeida informa que “estamos tomando providências desde 2020 com a criação da força estadual de combate ao desmatamento, que começou a atuar no final de maio. Já estamos na 15ª edição da Operação Amazônia Viva, com resultados interessantes de redução de desmatamento e queimadas no Pará. Evidentemente que não fazemos nada sozinhos, e precisamos de colaboração e suporte dos outros entes federais, no caso do Governo Federal, já que temos mais de 60% das áreas do Estado do Pará sob domínio da União. Acreditamos que se fizéssemos mais operações em conjunto, muito melhor seria a eficácia alcançada no combate ao desmatamento”.

O secretário cita ainda o principal instrumento para preservar a floresta em pé, garantindo desenvolvimento e geração de renda. “Instituímos o ‘Amazônia Agora’, nosso plano de desenvolvimento sustentável baseado em redução da emissão de gases do efeito estufa, combate ao desmatamento e aumento da produtividade dos nossos produtos vocacionados, como pecuária, agricultura e projetos da infraestrutura, com uma pegada ambiental mais forte e adequada. Ele tem quatro eixos: a Força Estadual de Combate ao Desmatamento; os Territórios Sustentáveis; o Programa Regulariza Pará e o Fundo Amazônia Oriental. Temos um plano bem definido, metas de redução do desmatamento e gases do efeito estufa”, informa Mauro O’ de Almeida.

Sustentabilidade – A Sedap é um dos órgãos que atuam no Programa Territórios Sustentáveis, incentivando a pecuária sustentável entre produtores de São Félix do Xingu, na Região de Integração Araguaia, e demais municípios ao longo da Rodovia PA-279, além de trabalhar na adoção de práticas não agressivas ao meio ambiente para o cultivo de cacau, o que valoriza ainda mais o produto amazônico.

Paulo Ferreira, produtor rural em São Félix do Xingu, conta que, “com o Programa Territórios Sustentáveis, cada produtor tem um trabalho. Minha esposa e eu sempre gostamos de plantas, fazer mudas. Fomos nos voluntariando em todos os projetos, de acordo com a nossa aptidão, como os viveiros comunitários. Assim, trabalhamos para transformar a nossa pequena propriedade e ajudar também os vizinhos, além de repor a floresta que foi degradada”.

“Nossos produtores buscam trabalhar de maneira mais consciente, sempre tentando mostrar sistemas melhores de produção, seja na pecuária com sistemas rotacionados – melhorando a pastagem onde ele consegue ter um ganho de produção muito maior numa área menor – ou incentivando o nosso cacau em sistemas agroflorestais”, informa o secretário adjunto da Sedap, Lucas Vieira.

Gestão ambiental – Já o Ideflor-Bio tem a competência legal de preservar amostras representativas dos ecossistemas terrestres, aquáticos e mistos (igapós, várzeas, manguezais etc.). O Pará desenvolve ações de gestão, das 10 Unidades de Conservação (UCs) de Proteção Integral, as quais somam 5.503.727,54 hectares – 4,41% da área territorial.

“Destacamos a Estação Ecológica do Grão-Pará, com 4.245.819,11 ha, que pode ser considerada a maior UC de Proteção Integral da Terra, a qual limita com a Reserva Biológica Maicuru, com 1.151.760,95 ha, ambas na Calha Norte do Estado (no Oeste). Na Região Metropolitana destacam-se o Refúgio de Vida Silvestre Metrópole da Amazônia e o Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna. Além deles, temos os Parques Estaduais de Monte Alegre, Charapucu e Serra dos Martírios/Andorinhas (nas regiões Oeste, Marajó e Sudeste, respectivamente)”, exemplifica Crisomar Lobato, diretor de Gestão da Biodiversidade do Ideflor-Bio.

O Programa de Conservação e Monitoramento da Biodiversidade identifica e estudada áreas relevantes para preservação na forma de UC de Proteção Integral, e também apoia os municípios na criação dessas unidades no âmbito local. “Atualmente, estamos trabalhando para criação de Unidades de Conservação da Natureza em vários municípios. Temos trabalhos de reintrodução de espécies ameaçadas de extinção, como as ararajubas no Parque do Utinga, que já está na Etapa II, com solturas que somam 27 espécimes e 10 em preparação para soltura”, acrescenta Crisomar Lobato.

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