Já passa a valer oficialmente a partir desta sexta-feira, 11, o novo aumento no preço dos combustíveis, anunciado ontem, 10, pela Petrobras. Para a gasolina, a alta anunciada foi de 18% e, para o diesel, de quase 25%.
O último aumento foi anunciado pela Petrobras do há 58 dias. Depois da repercussão do novo anúncio, na noite de ontem motoristas formaram filas em postos de combustíveis de Belém para conseguir abastecer antes do reajuste entrar em vigor.
Com o novo aumento, o preço do litro da gasolina pode chegar em média a R$ 8,00 e do diesel R$ 7,60, para o consumidor final.
Em comunicado, a Petrobras afirmou que a alta foi necessária para que o mercado possa ser suprido sem risco de desabastecimento.
“Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento”, disse a empresa em nota.
Com isso, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passou de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro.
“Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,37, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,54 por litro”, diz.
Para o diesel, o preço médio foi de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro. “Considerando a mistura obrigatória de 10% de biodiesel e 90% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 3,25, em média, para R$ 4,06 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,81 por litro”.
Para o GLP, o preço médio de venda do GLP da Petrobras, para as distribuidoras foi reajustado em 16,1%, e passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg.
O produto não era reajustado há 152 dias e custa atualmente no país R$ 102,64 o botijão de 13 kg, em média, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O Senado aprovou nesta quinta-feira (10) por 61 votos a 8 o projeto que cria a Conta de Estabilização dos Preços dos combustíveis (CEP), um fundo com o objetivo de frear a alta dos preços dos produtos. Agora, a proposta seguirá para votação na Câmara dos Deputados.