Apenas no mês de março deste ano, as buscas no Google sobre empréstimos cresceram 30% em relação ao mês anterior, mas além disso, as buscas relacionados ao Auxílio Brasil, programa do Governo Federal, também tiveram destaque.
No geral, as tentativas de recuperação econômica brasileira no pós pandemia é um pouco mais lenta para a população na prática porque embora o número de empregos se aproxime e até ultrapasse o patamar anterior a pandemia em alguns segmentos, o brasileiro se vê diante de outros fatores difíceis como a inflação, a variação do dólar, o aumento do preço de itens de necessidades básicas.
Logo, visto que 77,5% das famílias brasileiras estão endividadas, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), e a porcentagem de pessoas desempregadas ainda segue em alta, com 12 milhões segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pessoas que busca o segmento de empréstimos só cresce. Os motivos alegados são diversos e geralmente relacionados a necessidade como diminuir as dívidas, limpar o nome, retomar o poder de compra ou, até mesmo, tentar aumentar a renda ou garantir um dinheiro extra, investindo em um negócio próprio.
De acordo com a última edição do Índice FinanZero de Empréstimos (IFE), que analisou 4,87 milhões de consultas no buscador no mês passado, buscas no Google por empréstimo registraram um crescimento de 30% em relação ao mês anterior. Já no comparativo anual, as buscas cresceram 37%, resultando no maior aumento dentro do período de um ano.
Auxílio Brasil
Ainda referente ao último mês, as pesquisas no Google indicam que as buscas por termos relacionados ao mercado de empréstimo estavam voltadas, principalmente, para a linha de crédito oferecida pelo Governo Federal, aos beneficiários do Auxílio Brasil, o que fez com que a procura aumentasse significativamente.
As expressões que tiveram maiores destaques são voltadas a ternos como “como fazer empréstimo auxílio brasil”, teve aumento de 50450%, “empréstimo para negativado liberado na hora”, apresentou crescimento de 24600% e “empréstimo de 1000 reais do governo’’, teve alta de 10400%, respectivamente.
Para Cadu Guidi, sócio-diretor de marketing da FinanZero, esse aumento expressivo na procura é um fator sazonal: “Trata-se de um evento atípico, após a liberação de empréstimos pessoais consignados para beneficiários do Auxílio Brasil e que não deve impactar na projeção futura de crescimento na procura por fintechs (aptas a concederem esses empréstimos), que já mostra uma curva de crescimento constante nos últimos meses”, explica.