O corpo do ator e diretor Milton Gonçalves será velado no Teatro Municipal do Rio, a partir das 9h desta terça-feira, 31 de maio, numa homenagem aberta aos fãs. À tarde, após a cerimônia pública, o corpo seguirá para uma capela no Cemitério da Penitência, no Caju, Zona Portuária do Rio, onde será cremado numa despedida restrita à família prevista para começar às 15h15.
Milton Gonçalves morreu nesta segunda-feira, 31 de maio, aos 88 anos, em decorrência de problemas de saúde que vinha enfrentando desde que teve um AVC, em 2020. Viúvo, o artista deixa três filhos, dois netos e um legado imensurável, que se confunde com a história da teledramaturgia brasileira.
Nascido em Monte Santo de Minas (MG), Milton fez parte do primeiro elenco da Globo. Seu contrato seu deu antes mesmo de a emissora entrar no ar: é de 1º de fevereiro de 1965, dois meses da estreia do canal. De lá, desde então, nunca mais saiu.
Mais de 40 novelas
Na emissora, ele marcou a memória do público brasileiro com personagens como o Zelão das Asas, de “O Bem-Amado” (1973), e o médico Percival, de “Pecado capital” (1975). Mais recentemente, fez as novelas “Pega pega” (2017) e “O tempo não para” (2018); o especial de fim de ano “Juntos a magia acontece” (2019); e a série “Filhas de Eva”, que estreou no Globoplay em 2021 e passará neste ano na Globo. Atualmente, Milton está na reprise de “A favorita” (2008), no “Vale a pena ver de novo”, como o deputado Romildo Rossi — na vida real, o artista se candidatou a governador do Rio, em 1994. Milton também trabalhou como diretor em “Carga pesada” (de 1979 a 1981) e em novelas como “Escrava Isaura” (1976) e “Irmãos coragem” (1970)