Hospital Regional de Marabá realiza 1º Simulado de Plano de Catástrofe

A ação contou com 300 voluntários e atendeu 23 vítimas simultâneas, que simularam situações de risco iminente de morte, urgência, atendimentos leves e dois quadros de óbito

O 1° Simulado do Plano de Catástrofe, realizado em Marabá nesta sexta-feira (6), pelo Hospital Regional do Sudeste do Pará – Dr. Geraldo Veloso (HRSP), teve um panorama hipotético. A ação representou o cenário de atendimento às vítimas de um acidente com colisão entre dois ônibus, próximo ao Terminal Rodoviário de Marabá, na Rodovia Transamazônica – uma das principais vias de acesso do município.
A iniciativa visa preparar profissionais da unidade, que pertence ao Governo do Pará e é gerenciada pela Pró-Saúde, para agir de forma eficiente em caso de acidentes de grandes proporções, oferecendo atendimento humanizado e seguro às vítimas.
Segundo Valdemir Girato, diretor Hospitalar do HRSP, é fundamental que a unidade esteja preparada para atender vítimas de acidentes de grandes proporções, já que a instituição está localizada em uma região com grande fluxo de circulação de pessoas.
“Somos referência, é nosso dever estarmos preparados para receber múltiplas vítimas de grandes acidentes. Gostaria de agradecer o envolvimento dos nossos colaboradores e dos órgãos de saúde e segurança da cidade de Marabá pelo apoio na ação que foi realizada com sucesso”, comentou.
De acordo com Rosialdo Lobato, diretor Assistencial do HRSP, é importante que os centros de trauma possuam um plano de catástrofe hospitalar descrito, com instruções de trabalho especificando os procedimentos que devem ser adotados em situações de extrema urgência.
“Durante dois meses, capacitamos mais de 700 colaboradores da unidade, orientando a todos sobre os protocolos que devem ser adotados caso o Plano de Catástrofe do HRSP seja acionado pelos órgãos de segurança e saúde. O Simulado foi um grande sucesso, todos sabiam o que deviam fazer em um momento de crise, isso é o mais importante”, explicou o diretor.
Preparativos
Desde as 8 horas da manhã desta sexta-feira (6), mais de 300 voluntários já estavam no HRSP, e se preparavam para ocupar seus postos de vítimas, familiares de vítimas, curiosos, jornalistas e os chamados sombras, profissionais que avaliaram todo o processo de cada setor durante o simulado.
“Foi uma mobilização espetacular, todos os colaboradores da unidade, direta ou indiretamente, se envolveram na realização da ação. Tudo foi realizado com um único objetivo, prestar uma assistência segura a possíveis vítimas. Todos estão de parabéns”, externou a enfermeira do HRSP, Pollyana Lobo.
Uma das ações que mais chamou atenção durante os preparativos foi a caracterização das maquiagens dos feridos atendidos no evento, que representaram lesões, ferimentos e sangramentos comuns em acidentes automobilísticos.
“Cada maquiagem e preparação da lesão, levou em média, mais de uma hora, e contamos com a orientação dos profissionais da assistência para ficar o mais realista possível o ferimento”, explicou Wesleana Coelho, colaboradora do HRSP.
O Simulado
A simulação teve início às 10h da manhã, quando o HRSP via telefone, foi acionado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que repassou a informação do grave acidente e solicitou o funcionamento do Plano de Catástrofe da unidade.
De imediato, o médico plantonista do setor de urgência da instituição se direcionou ao sistema de alarmes da unidade e acionou o “Código Vermelho” por duas vezes, para que todos os colaboradores assumissem seus postos para receber as vítimas do grave acidente de trânsito.
Em menos de dois minutos toda equipe participante do Plano de Catástrofe estava pronta para prestar assistência às vítimas, que chegaram de ambulância na recepção principal da unidade, onde foi montada uma sala de triagem para receber os feridos.
“As vítimas graves foram encaminhadas para a sala vermelha, as de urgência para a sala amarela, e as em melhor estado de saúde para a sala verde. Todos os protocolos indicados para situações como essa, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), foram adotados”, explicou a enfermeira hospitalista da unidade, Crisila Reis.
A profissional também ressaltou que durante a simulação, os profissionais da assistência realizaram todas as manobras e técnicas indicadas para salvar as vidas das possíveis vítimas.
Para Valdejane Barros, assistente social do Regional de Marabá, o plano contou com situações muito realistas, que ajudaram no alinhamento das ações de assistência prestadas na unidade, contribuindo assim para um atendimento seguro e humanizado para todos os usuários.
“Durante a ação, atendemos colaboradores e estudantes que se passaram por familiares em busca de notícias das vítimas. Esse momento de acolhimento é muito importante, pois a família sofre muito em situações como essa e agir com serenidade, compaixão e ética é fundamental para tranquilizar a todos envolvidos”, relatou Valdejane.
Toda ação, desde o acionamento do Plano de Catástrofe até o atendimento de todas as 23 vítimas e seus respectivos encaminhamentos terapêuticos no HRSP, durou cerca de 20 minutos. O acionamento do Plano de Catástrofe não interfere nos atendimentos regulares da unidade, como internações, consultas e cirurgias, que seguem funcionando normalmente.
Participaram da ação os colaboradores do HRSP, a Liga de Estudantes de Enfermagem da Faculdade Carajás, Polícia Rodoviária Estadual do Pará (PRE), Polícia Militar do Estado do Pará (PM), Hospital de Guarnição do Exército Brasileiro, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e 11º Regional da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
O Hospital Regional do Sudeste do Pará presta atendimento 100% gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é referência para mais de um milhão de pessoas residentes em 22 municípios.
Fonte: Ascom/HRSP

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