O Banco espanhol sofre com a má imagem na região Amazônica, por uma série de práticas.
Muito já se tem noticiado sobre o embate da Buritirama Mineração e alguns bancos, liderados pelo Santander. Inicialmente o questionamento gravitava sobre a negação que a atividade industrial da mineradora paraense não fosse no Pará, local de sua mina, mas, nos últimos meses, a justiça brasileira definiu que, como a atividade é desenvolvida em terras paraenses, a justiça estadual é a competente para julgar as demandas.
Atualmente, nos meios empresariais, a grande dúvida é o real interesse por trás do movimento dos bancos, que surpreenderam a mineradora com vários processos, sem qualquer negociação anterior.
Ao que tudo indica, um processo apresentado pela Mineradora recentemente irá desvendar esse mistério. Com um pedido de 2,5 Bilhões, por prejuízos causados pelos Bancos, a discussão compreende a demonstração de atos nocivos aos empregos e atividade da empresa, além de pedidos de investigação pelos órgãos de controle.
Durante toda a negociação, a empresa paraense manteve todos os mais de 3.500 empregos diretos e indiretos.
A alegação da companhia é que tais ações hostis causaram graves prejuízos à Buritirama e, ainda, que as relações promíscuas possuem interesses escusos não revelados nas ações movidas, porque as operações bancárias foram celebradas com a finalidade de favorecer contabilmente os próprios Bancos e, posteriormente, as execuções foram ajuizadas como se fossem operações comuns, curiosamente num contexto em que o câmbio descola de um padrão anterior.
Sérgio Agapito Lires Rial, ex-Cargill e ex-Marfrig, atual presidente do Santander. | Reprodução