As duas primeiras parcelas do Auxílio Caminhoneiro serão pagas no próximo dia 9 de agosto, informou o Ministério do Trabalho e Previdência na última segunda-feira (25). Os R$ 2 mil depositados serão referentes aos benefícios dos meses de julho e agosto.
A estimativa da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), órgão responsável pelo registro dos profissionais, é de que mais de 870 mil profissionais cadastrados sejam beneficiados com o programa, que prevê o repasse de seis parcelas até dezembro deste ano.
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Para os taxistas, o Ministério do Trabalho e Previdência projeta que o valor do benefício também seja de parcelas mensais de R$ 1 mil, mas diz que os pagamentos podem cair de acordo com o número de habilitados.
O Ministério da Cidadania chegou a divulgar que o benefício emergencial, batizado pelo governo de BEm Taxista, seria de R$ 200 mensais, mas a pasta do Trabalho e Previdência contesta o valor.
Para viabilizar o pagamento do auxílio aos caminhoneiros, o Ministério do Trabalho e Previdência solicitou informações à ANTT. Segundo o governo, os dados de cadastro dos motoristas já estão em processamento pela Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev).
Além dos caminhoneiros, a medida também vai beneficiar taxistas e amplia o Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 até o fim do ano e a duplicação do Auxílio Gás para cerca de R$ 120.
De acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência, terão direito a receber o benefício os transportadores autônomos de carga cadastrados na ANTT até o dia 31 de maio. Segundo a agência, até este período estavam cadastrados 872.320 profissionais.
NÃO EMPOLGOU
Lideranças da categoria afirmam que a ajuda não deve fazer muita diferença e que não pretendem aderir a atos em apoio ao presidente Bolsonaro no 7 de Setembro. “Existe uma ala de 30% que ainda anda nessa questão de defender governo. Acho que isso prejudica muito a nossa categoria”, afirma Wallace Landim, o Chorão, um dos principais líderes da grande paralisação de 2018.
José Roberto Stringasci, presidente da associação de caminhoneiros ANTB, diz que alguns motoristas podem aderir às manifestações isoladamente, mas também não vê apoio por meio das entidades. Segundo ele, o auxílio pode servir para pagar prestações de pneus ou bancar alimentação, mas não deve resolver o problema.