Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi entrevistado na manhã desta quarta-feira (31), dentro do programa “Clube da Manhã” na Rádio Clube do Pará. A entrevista também foi transmitida em tempo real  no DOL e ocorreu na véspera da vinda de Lula a Belém, que chega à capital paraense na quinta-feira (01).

Durante bate papo com Nonato Cavalcante, Lula falou sobre o governo Bolsonaro, corrupção, Amazônia, sua passagem pela presidência entre outros assuntos.

A primeira pergunta foi o porquê Lula quer ser presidente pela terceira vez.

“Não se trata apenas de querer ser candidato. O Brasil de hoje está muito pior que o Brasil que deixei. Éramos a sexta economia do mundo, hoje somos a décima segunda ou a décima terceira economia do mundo. Éramos um país que gerou 20 milhões de empregos com carteira assinada e que hoje temos empregos precarizados com trabalhadores ganhando bem menos do que ganhava no meu tempo”, falou o candidato fazendo uma comparação do atual governo com a situação do país durante seu período na presidência.

 

“Voltar o Brasil a ser como era no meu tempo, país alegre, onde as pessoas tinham emprego, onde as pessoas podiam consumir, podiam viajar e tinham perspectiva de futuro”, acrescentou.

Lula ainda falou sobre os investimentos feitos no Pará. “Nunca um presidente da república investiu tanto no Pará quanto eu investi quando fui Presidente da República. Para mim não importa, e não importava, de que partido fosse o Governador.  O que importava era que se o estado tivesse uma demanda de interesse do povo, nós íamos fazer”.

Quando questionado sobre corrupção, Lula aproveitou e fez ataques ao atual governo do Presidente Jair Bolsonaro, citando os sigilos de 100 anos que o presidente impôs a algumas investigações, o que nunca havia ocorrido no país.

“Só tem duas formas de enfrentar a corrupção, ou faz ela aparecer ou desaparecer […] Nós tivemos agora, por exemplo, o Presidente da República que sequer exigiu investigação do Queiroz. Que sequer exigiu investigação dos seus filhos. Que sequer investigou as denúncias da CPI contra o Pazuello, nas negociatas feitas na vacina. Temos um Presidente que não apenas coloca sujeira embaixo do tapete, como transforma em sigilo de 100 anos toda e qualquer denúncia contra ele”.

Lula então fez uma comparação com o seu governo. “Criamos o portal da transparência, tudo podia ser acompanhado em tempo real pela internet. Criamos a lei de acesso a informação, a imprensa podia saber de qualquer informação. Criamos a lei anticorrupção, criamos a lei contra o crime organizado, contra a lavagem de dinheiro. Inclusive fizemos que o cartão corporativo transparente e agora o cartão corporativo do presidente tem sigilo de 100 anos”.

“Eu dizia”, acrescentou o candidato, “a única forma de um cidadão não ser investigado era não cometer um erro, um delito, porque fosse quem fosse, se tivesse cometido um erro, um delito, seria investigado”.

Sobre o combate ao narcotráfico e o desmatamento ilegal na Amazônia, Lula falou que “primeiro é preciso aumentar o processo de fiscalização em todo território amazônico. Melhor aparelhar a policia Federal e a polícia fronteiriça”.

O candidato prometeu que vai combater os garimpos ilegais e o desmatamento.

Confira a entrevista completa:

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