Em proposta, o senador paraense sugere ao ministro Paulo Guedes a recriação do Ministério da Indústria, Comércio e Serviço, para investir em pesquisa, produtividade, política ambiental e ouvir o setor empresarial
Osenador Jader Barbalho (MDB-PA) encaminhou um ofício ao Ministério da Economia sugerindo a criação de um grupo de trabalho para elaborar uma proposta de criação de política industrial “sólida e sustentável no Brasil, com prioridade para a geração de emprego”. O parlamentar ressalta, no documento, que “o Brasil tem sofrido, desde o ano de 2011, um processo de desindustrialização que já levou mais de 28 (vinte e oito) mil indústrias a fecharem suas portas, com queda no crescimento de 0,1% ao ano”.
Na proposta, o senador sugere ao ministro Paulo Guedes, a recriação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, “com o objetivo de reabrir um canal direto de interlocução com os empresários, além de investir no aumento de pesquisas e desenvolvimento e na melhoria da produtividade, na sustentabilidade ambiental e em uma política industrial moderna”. Com isso, acredita o senador, “haverá impactos no crescimento e no desenvolvimento da economia, com o apoio, também, da reforma tributária que está para ser votada no Congresso Nacional”.
Para dar ressonância às suas propostas encaminhadas ao mandatário da economia nacional, Jader Barbalho enviou ao presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), José Conrado Azevedo Santos, cópia do ofício protocolado no Ministério da Economia.
senador paraense explica que os impactos da guerra na Ucrânia e a pandemia do novo coronavírus mostram a necessidade de o Brasil adotar uma nova proposta para o setor da indústria. Ele ressalta que “os reflexos da guerra na Ucrânia deixaram evidente que é preciso reduzir a nossa dependência dos outros países”.
“No Brasil é comum exportarmos matérias-primas, também conhecidas como produtos primários, sem nenhum valor agregado, e comprarmos os produtos industrializados, com bastante valor agregado”, alega o parlamentar, acentuando que “o momento é propício para que se busque uma nova estratégia para começar a transformar o país em um fornecedor global de produtos finais ou insumos industrializados”, lembra o senador.
“Com a política de incentivo ao desmatamento na Amazônia e no Cerrado, o governo federal tem demonstrado sua clara intenção de continuar investindo no agronegócio, por ser o carro chefe das exportações do país e que mantém a nossa balança comercial superavitária”, adverte.