Quatro salas virtuais revelam o talento e a criatividade dos artistas que realizaram murais em 11 cidades. As obras já podem ser conferidas no www.arteemcores.art.br
As obras criadas pelos artistas que participaram do Arte em Cores 2022 poderão ser apreciadas pelo público a partir desta terça-feira, 16 de agosto. Na data, será lançada a galeria virtual que, nesta edição, ganha a Sala Tocantins, Sala Araguaia, Painel Marabá Pioneira e Painel Alto Alegre do Pindaré. A galeria poderá ser visitada pelo link arteemcores.art.br.
A galeria sintetiza o trabalho realizado ao longo do projeto Arte em Cores 2022, que tem o patrocínio do Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo à Cultura. Na Sala Tocantins, é possível ver o trabalho de 39 artistas e, a Sala Araguaia, apresenta a produção dos dez artistas selecionados na segunda etapa do projeto. Já os painéis trazem os murais que foram realizados coletivamente nas cidades de Marabá (PA) e Alto Alegre do Pindaré (MA).
Os trabalhos foram desenvolvidos a partir de técnicas como grafite, estêncil e colagem, e refletem o talento, a criatividade e habilidades dos 49 artistas participantes que, ao longo dos últimos meses, realizaram obras em 11 cidades no Maranhão e no Pará. Cada um deles construiu um mural nas ruas, nas travessas e nas avenidas de suas cidades.
No Pará, cidades que ganharam mais beleza e cor com os murais foram: Marabá, Parauapebas, Canaã dos Carajás, Ourilândia do Norte e Tucumã. No Maranhão, vias de Arari, Santa Inês, Pindaré‐Mirim, Alto Alegre do Pindaré, Açailândia e São Pedro da Água Branca ganharam um novo colorido.
Todos os artistas selecionados receberam ajuda de custo, além de capacitação e acompanhamento realizado pelos artistas André Amparo e Fhero. “Para mim, não são murais, são sonhos que se permitiram ser ilustrados”, comenta Fhero. Murais coletivos Entre os dias 27 a 30 de julho, Bino Sousa, Carla Bianca, Bosco, Franart e Oiram estiveram no Mirante da Orla, um novo ponto de encontro da cidade de Marabá (PA), localizado no bairro Francisco Coelho, conhecido como Cabelo Seco, um dos mais antigos da cidade. No local, marcado pelo encontro dos rios Tocantins e Araguaia, eles construíram uma obra de aproximadamente 150 m². Os artistas trouxeram o desejo de valorizar a cultura local e elementos cotidianos de suas histórias. No mural, o menino negro, que representa as
contribuições da africanidade na formação social de Marabá, está cercado pela fauna e pela flora nativas. Os peixes carregados nas costas fazem referência à pesca, atividade tradicional da região e que remete também à profissão de alguns familiares dos artistas. A cerâmica vem homenagear os povos indígenas do Pará e, aos pés do menino, crianças se divertem com brincadeiras, que também marcaram a infância dos autores.
No Maranhão, o mural foi realizado em Alto Alegre do Pindaré, na Casa Paroquial. Os murais foram realizados pelos 10 artistas que mais se destacaram entre os selecionados.