Chef brasileira de 23 anos em competição de gastronomia mundial

Tabatha Bertoni (Rubens Kato)

Tabatha Bertoni (Rubens Kato)

A segunda fase da competição gastronômica, de esfera mundial, voltada a chefs com até 30 anos, a S. Pellegrino Young Chef Academy Competition 2022-23 já começou, e a jovem brasileira Tabatha Bertoni, de 23 anos, foi uma das 16 pessoas selecionadas para disputar as finais regionais em setembro na Colômbia.

Contando com uma ajuda de peso, a chef Giovanna Grossi, à frente do restaurante Animus, foi escolhida como mentora para auxiliar Tabatha a se preparar. A jovem comenta: “Quando foi aberta a possibilidade de tê-la como mentora eu nem pensei duas vezes; eu tive certeza que era ela”. O primeiro encontro das duas já rendeu à young chef dicas valiosas, fruto da experiência da proprietária do Animus Restaurante em outros cenários de concursos de gastronomia. Apesar de não se conhecerem anteriormente, é notável a admiração e a riqueza que essa aproximação entre duas chefs, mulheres, proporciona.

Trabalhando atualmente na cozinha do Petí como Sous Chef, seu histórico na gastronomia começou  aos 15 anos, trilhando um caminho solitário, buscando receitas, cometendo erros e acertos, aprimorando suas técnicas. Aos 17 anos ingressou no curso de gastronomia do  SENAC, quando percebeu o quão vasto e variado esse universo pode ser. Desde então, buscou lugares e experiências diferentes a fim de descobrir o seu lugar.

A primeira delas, o  Unique- hotel com cozinha predominante francesa, ensinou comportamento e deu à Tabatha bases. Adiante, seguiu para uma casa de carne, pois apesar de ser vegetariana, a vontade de adquirir conhecimento é maior e necessária. Em 2021, foi admitida no Petí, um restaurante que muda o cardápio a cada 15 dias, onde ela se apaixonou não só pela cozinha e confeitaria, mas principalmente pela criação – fazer com que um prato seja não só inovador, mas que de fato, represente algo.

Na concepção do prato avaliado pelo júri da ALMA- Escola de Culinária Italiana, Tabatha revela que tentou não sucumbir à pressão e optou por algo que refletisse não só seus gostos, mas quem ela é, “se eu fosse um prato eu seria esse” – diz ela rindo – “coloquei ali um pouco de tudo que importa pra mim”. Sobre o processo de inscrição, a representante brasileira diz que apesar das exigências, os procedimentos e fichas técnicas fazem parte da rotina de quem trabalha com gastronomia.

Em parceria com a Escola Wilma Kovesi e junto da sua mentora Giovanna, Tabatha agora se dedica além da cozinha do Petí, aos treinos para a competição. Em setembro ela embarca para sua primeira viagem internacional, com destino às finais regionais na Colômbia, de onde sairão os quatro finalistas da região LATAM rumo à grande final em 2023.  “Saber que eu fui escolhida, eu sou mulher, eu sou nova, nossa, eu demorei muito a acreditar. É uma grande honra e eu espero fazer jus. A visibilidade que a competição tem e o estímulo que a S.Pellegrino dá aos chefs, é uma oportunidade enorme e pra mim vai ser uma grande escola”

Dos quatro prêmios do concurso, um deles conta com o engajamento do público, o Fine Dining Lovers Food Award. Através do site https://www.sanpellegrinoyoungchefacademy.com/ é possível votar no prato autoral criado pela Tabatha, o Fungi Forest, e levá-la para disputa das finais em Milão.

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