O Ministério da Saúde recebeu na última quinta-feira, 29 de setembro, um lote do medicamento Paxlovid, antiviral de uso oral indicado para tratamento inicial da Covid-19. Em entrevista ao programa A Voz do Brasil, transmitido em cadeia de emissoras de rádio, o ministro Marcelo Queiroga disse que o medicamento será distribuído nos próximos dias para as unidades básicas de saúde de todo o país e ficará disponível para pacientes acima de 65 anos de idade com alto risco de desenvolver formas graves da doença causada pelo coronavírus.

O remédio, composto pelas substâncias Nirmatrelvir e Ritonavir, é indicado para o uso nesses pacientes, assim que possível, a partir do resultado positivo para Covid-19 e no prazo de cinco dias após início dos sintomas, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O medicamento foi aprovado pela própria Anvisa, para uso emergencial, em março deste ano. “Agora, com a chegada desse remédio, teremos mais uma opção para os médicos que, com autonomia, poderão prescrever naqueles casos que estão indicados dentro do manual do uso”, observou Queiroga.

Poliomielite

Ainda durante a entrevista para o programa A Voz do Brasil, Queiroga também falou sobre a campanha de vacinação contra a poliomielite (paralisia infantil) que terminou nesta sexta-feira, 30. Ele disse que apenas 6,2 milhões de crianças, de um total de 15 milhões de menores de 5 anos de idade, foram vacinadas contra a pólio até a última quinta-feira. A meta do Ministério da Saúde era imunizar pelo menos 14,3 milhões de crianças, ou seja, 95% do público-alvo.

“A campanha neste ano atingiu um patamar aquém da meta. Essa doença foi erradicada no Brasil em 1994. E nós não queremos mais poliomielite”, enfatizou Queiroga lembrando que, mesmo após o fim da campanha, as vacinas continuarão disponíveis nos postos de saúde de todo o país, a partir desta segunda-feira, 3. “É inaceitável que crianças sofram por doenças que são evitáveis por vacinas”, disse o ministro.