Sangue doado por voluntários ajuda a transformar a vida de paraenses

Dia do Doador Voluntário de Sangue é comemorado nesta sexta (25) com vasta programação no Hemopa.

Seiji Silva, 26 anos, foi diagnosticado com aplasia medular, uma doença grave e rara que prejudica o funcionamento da medula óssea. A condição, descoberta em 2015, exigia transfusões de sangue e plaquetas semanalmente para evitar sintomas como dor de cabeça, manchas na pele, coração acelerado e sangramento.

Todo o tratamento de Seiji foi realizado na Fundação Hemopa, em Belém, ao longo de cinco anos, uma rotina que só foi interrompida quando ele conseguiu um doador compatível para o transplante de medula.

“Eu deixei de estudar, voltei o meu foco todo para o tratamento e graças a Deus, aqui no Hemopa fui muito bem acolhido pela equipe multidisciplinar dando toda assistência. O único problema que eu tive foi a questão de – em alguns períodos do ano – ter a falta de sangue. Eu me preocupava muito e ninguém poderia fazer nada porque sangue não se fabrica, depende da solidariedade das pessoas. Quando faltava eu me via muito aflito, angustiado por não saber o dia de amanhã e se eu estaria vivo”, recorda o jovem.

experiência de receber doações de sangue transformou também a vida de Silvinho Pinho da Silva, que é doador há 20 anos, desde que sofreu um acidente e passou por uma transfusão sanguínea.

“Fiquei pensando nas pessoas que me doaram o sangue e porque fizeram isso, e fui incentivado a ser hoje um doador universal. Eu doo quatro vezes ao ano porque sei que meu sangue salva vidas. Tenho uma família com dois filhos e a minha esposa e todos nós somos doadores. Recebo muitos benefícios através da doação de sangue, pois é uma bateria de exames que você passa pela mão dos profissionais. É feita toda uma triagem e posso saber se eu estou bem de saúde, através dos exames. É muito seguro e gratificante doar sangue”, afirma o doador.

As histórias de doadores e receptores se cruzam nos corredores da Fundação Hemopa, onde se unem às de profissionais que se dedicam aos cuidados com os plasmas para a distribuição em hospitais por todo o Pará.

Para celebrar o Dia do Doador Voluntário de Sangue, comemorado em 25 de novembro, a Fundação Hemopa realiza uma série de atividades para exaltar o ato de amor e incentivar novas doações.

Jussiara Farias, gerente de Captação de Doadores do Hemopa, explica que o objetivo é homenagear os doadores e fazer também com que a sociedade desperte para a importância da doação de sangue como uma atitude de responsabilidade social.

“A programação foi recheada de momentos culturais. Trabalhamos com doadores parceiros envolvendo também a pessoa que recebe e o profissional de saúde que é quem indica a doação de sangue. Então, de maneira festiva, no dia 25 teremos um bolo para comemorar e cantar o parabéns a esse doador, música ambiente, preparamos um brinde especial. Vai ser um dia de festa e porque precisamos comemorar a vida todos os dias, pois os doadores fazem a diferença na saúde pública do nosso estado, através da sua doação”, destaca a gerente.

Seiji e Silvinho se encontraram para celebrar a importância da doação e garantem que a experiência cria muitos laços de amizade e valorização da vida. “Eu só tenho o sentimento de gratidão porque é um ato sublime sair de casa e ir até a unidade fazer a doação. Eu não tenho a quantidade exata de quantas bolsas de sangue e plaqueta eu fiz durante cinco anos, mas chega a mais de 200. E imaginar que cada uma é de uma pessoa que doou com sua virtude de amor, empatia e solidariedade. É inexplicável o carinho que temos. O Hemopa é repleto de amor, todos os profissionais trabalham com humanidade, empatia e amor ao próximo”, enfatiza Seiji.

Este ano, as comemorações tiveram um clima ainda mais festivo, pois pela primeira vez a Copa do Mundo está sendo realizada no mês de novembro. “Essa associação é muito importante porque queremos vincular a doação de sangue a esporte, lazer, boa forma, alegria e entretenimento. A Copa casa muito bem com isso e nós estamos em festa, pedindo para que os nossos doadores venham e façam o ‘gol da diferença’, não é rivalidade nenhuma, mas sim o gol da vida com a doação de sangue, com uma seleção multiplicada de doadores e pacientes atendidos nesse período da Copa”, complementa Jussiara.

Confira os critérios para doar sangue:

– Ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos precisam estar acompanhados de responsável legal);
– Ter mais de 50 quilos;
– Estar bem alimentado (não pode estar em jejum);
– Dormir pelo menos 6 horas nas 24 h anteriores à doação;
– Não ingerir bebida alcoólica 12 horas antes da doação;
– Ter intervalo entre doações de dois meses para homens e três meses para mulheres;
– Quem se vacinou contra a Covid-19 pode doar sangue, sendo necessário o intervalo de dois dias após cada dose para quem recebeu a vacina Coronavac, e sete dias para quem recebeu as demEndereços das unidades da Hemopa:
– Hemocentro Belém – Travessa Padre Eutíquio, nº 2109, Bairro Batista Campos.
– Posto de Coleta Castanheira – Rodovia BR-316, KM-01 – Pórtico Belém, Bairro Castanheira (em frente à entrada do Shopping Castanheira).
– Hemocentro de Santarém – Avenida Frei Vicente, nº 696, entre as alamedas 30 e 31 (Aeroporto Velho). Atendimento: de segunda a sexta-feira, das 07 às 13 h. Fone: (93) 3524-7550.ais vacinas. Em Marabá na  Agropolis  do Incra na Cidade Nova.

 

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