Polícia Civil prende três fiscais da Sefa uma prisão ocorreu em Marabá

Uma operação realizada pelo Núcleo de Apoio a Investigação (NAI), da Polícia Civil do Pará, prendeu, na manhã desta sexta-feira, 20, cinco fiscais da Secretaria da Fazenda do Pará, SEFA. Ao todo, foram expedidos quatro mandados de busca e apreensão, três de prisão temporária e dois para sequestro de bens como parte de uma investigação da Polícia Civil acerca de crimes praticados por agentes públicos lotados em postos de fiscalização e unidades administrativas responsáveis pela arrecadação de tributos.

Durante a operação denominada “Parada Obrigatoria”, dois servidores foram presos em Belém, um em Marabá e outro em Abel Figueiredo. Os três são acusados de corrupção passiva e uma delas foi identificada como Aurora Rodrigues Mercês, que foi presa em Marabá. Ela é lotada no posto da SEFA inaugurado há pouco tempo na BR-230, entre Marabá e São João do Araguaia. Depois de presa, foi conduzida para a Seccional de Polícia Civil da Folha 30, no Pará.

Outro preso é Raimundo Nonatos Mercês de Sousa, que recebeu voz de prisão no próprio posto fiscal. Ele permanece preso na delegacia de Abel Figueiredo, aguardando audiência de custódia que será realizada pela Comarca de Rondon do Pará, possivelmente neste sábado, 20.

O outro servidor lotado na Carne de Sol, é o auxiliar técnico Getúlio Melo Coutinho da Silva Junior. Ele foi preso pelo Destacamento do São Félix, da Polícia Militar, após a placa do carro dele ser flagrada por uma das câmeras do sistema Guardião, na altura do KM 3, próximo à Construfox. O sistema indicou que havia mandado de prisão em nome do dono do veículo.

As investigações foram realizadas ao longo dos últimos anos a partir de denúncias feitas pelas vítimas que, segundo relatos feitos à Polícia, eram paradas nesses postos e a liberação dos veículos era feita mediante pagamentos ilegais.

“Esses contribuintes estavam sendo constantemente lesados com a cobrança indevida de notas fiscais irregulares. Com a denúncia feita à Polícia Civil em Marabá e os desdobramentos, nós constatamos uma renda incompatível com a remuneração com os bens, sendo necessária essa busca e apreensão”, explica o delegado Vicente Leite, da Diretoria Estadual de Combate à Corrupção (DECOR).

A Delegada-geral Adjunta da Polícia Civil do Pará, Daniela Santos frisa que a instituição está atenta ao combate de todo tipo de crime e que o combate à corrupção é uma das frentes constantes de trabalho, a partir das investigações e serviços de inteligência. “Nós estamos sempre atentos a essas situações criminosas praticadas dentro de órgãos públicos e que vão de encontro à atuação legal destes órgãos. Uma de nossas bandeiras é a atuação frequente no combate a má atuação de servidores públicos”, alerta a delegada.

Com a apreensão de bens e prisões temporárias executadas, as investigações serão continuadas em busca de novas informações sobre o caso.  O delegado Vicente Leite, da Diretoria Estadual de Combate à Corrupção (DECOR), pontua a importância do cidadão denunciar esse e outros tipos de crime à polícia. “O nosso maior parceiro será sempre o cidadão. Aqui nós conseguimos fazer uma investigação muito detalhada graças a população que nos procurou e confiou no nosso trabalho”.

Com informações da Agência Pará

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