No mês da mulher, especialista fala sobre a importância da prevenção e combate a esse tipo de tumor, que pode ser evitado com a vacina contra o HPV 

Em 2023, está estimado que surjam mais de 17 mil casos de câncer de colo de útero no Brasil, o que representa uma média de 13,25 casos para casa 100 mil mulheres. No país, com exceção dos tumores não melanoma, o câncer de colo de útero é o terceiro com maior incidência entre as mulheres, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Com números expressivos, se torna cada vez mais necessário desenvolver ações de conscientização e prevenção deste tipo de doença. 

Segundo a professora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, professora Jaciane Naziozeno, a principal causa do câncer de colo de útero é a infecção persistente do Papilomavírus Humano (HPV). Ela atinge os órgãos genitais e, na maioria das vezes, se manifesta de forma branda, mas em alguns casos, pode se desenvolver para um quadro mais grave. Também é indicado para as meninas, realizarem o exame de Papanicolau anualmente, após o início da vida sexual, pois é um teste preventivo capaz de detectar alterações pré-cancerígenas precoces que, quando tratadas, não chegam a evoluir para um caso de câncer, pontua. 

A campanha Março Lilás tem o objetivo de conscientizar para esta doença que se desenvolve de forma silenciosa, e mostra que uma das formas mais eficientes de prevenção é a vacina contra o HPV. Há vacina disponível gratuitamente no SUS (Sistema Único de Saúde), para meninas de 9 a 14 anos e para meninos de 11 a 14 anos. Outra forma de prevenir a transmissão do vírus é o uso de preservativos, já que o contágio ocorre através da relação sexual.