Pará não recebe vacinas contra varíola dos macacos e início da campanha atrasa no estado

Campanha começou nesta segunda-feira, 13, no Brasil. Com 123 casos confirmados de monkeypox, o estado do Pará não recebeu doses da vacina.

 

Com 123 casos confirmados de monkeypox, o estado do Pará ainda não iniciou a vacinação contra a varíola dos macacos. A campanha começou nesta segunda-feira (13), no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, a primeira fase da campanha de imunização contra a monkeypox focará em grupos de risco para as formas graves da doença. Mas o Pará não recebeu doses da vacina.

De acordo com o plano do Ministério da Saúde, ao todo, foram disponibilizados pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) aproximadamente 47 mil doses para uso na população, sendo que o esquema de vacinação tem indicação de duas doses para cada pessoa.

Entre as prioridades nesta primeira etapa estão as pessoas que vivem com HIV/aids e profissionais de laboratórios que atuam em locais de exposição ao vírus. No Pará, foram 2.217 novos casos de HIV em 2022. Em relação aos casos de Aids no Pará, ou seja, quando o indivíduo portador do vírus HIV manifesta alguma doença oportunista, foram mais 733 casos em 2022. As mortes ocasionadas por complicações causadas pela Aids chegaram 580 no ano passado.

De acordo com a a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), a vacina deve chegar durante esta semana. O Pará deve receber 709 doses de vacina pré-exposição e 38 de pós-exposição a Mpox. Segundo recomendação do Ministério da Saúde, as vacinas pré-exposição devem ser destinadas a pessoas com HIV/Aids, homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais maiores de 18 anos. Já as pós-exposição serão destinadas a pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções de pessoas suspeitas ou confirmadas para Mpox.

O que é a varíola dos macacos?

 

Trata-se de doença causada pelo vírus monkeypox, que pertence à mesma família do vírus da varíola humana. Os casos dessa infecção eram relativamente comuns na África Central e na África Ocidental, especialmente em regiões com florestas tropicais.

Como a varíola dos macacos é transmitida?

 

A varíola dos macacos é transmitida quando alguém tem contato próximo com as lesões de pele, as secreções respiratórias ou os objetos usados por uma pessoa que está infectada.

O vírus ainda pode ser passado de mãe para filho durante a gestação, através da placenta.

Até agora, o patógeno não foi descrito oficialmente como uma infecção sexualmente transmissível, mas a doença pode ser passada durante a relação sexual pela proximidade e o contato pele a pele entre as pessoas envolvidas.

Muitos dos casos registrados até o momento foram observados em homens que fazem sexo com outros homens. Isso levou, inclusive, a Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido a pedir que esses indivíduos prestem mais atenção a coceiras ou lesões de pele que lhes pareçam incomuns, especialmente na região anal e genital.

Eles foram orientados a contactar seus serviços locais de saúde no caso de algum sintoma ou preocupação. Mas autoridades ressaltam que qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode ser contaminada.

Animais infectados, como macacos, ratos e esquilos, também podem transmitir o vírus.

Quais são os sintomas da varíola dos macacos?

A OMS explica que o período de incubação (o tempo entre o vírus invadir as células e o aparecimento dos primeiros sintomas) costuma variar de 6 a 13 dias, mas pode chegar até a 21 dias.

A partir do início dos sintomas, a infecção pode ser dividida em dois momentos.

Primeiro, acontece o período de invasão, que dura até 5 dias. Neste momento, o paciente pode apresentar:

•Febre;
•Dor de cabeça forte;

Inchaço nos linfonodos (conhecido popularmente como “íngua”);
•Dor nas costas;
•Dores musculares;
•Falta de energia intensa.

Terminado o período de invasão, começa a segunda etapa, que é marcada por feridas na pele. Geralmente, essas marcas cutâneas surgem depois de 1 a 3 dias do início da febre.

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