Após encontrar um campo de destroços próximo ao local em que estavam sendo realizadas as buscas do submersível Titan, da Ocean Gate, a Guarda Costeira norte-americana confirmou que os destroços consistiam com peças da parte traseira do submersível, mas que também encontraram destroços adicionais que foram analisados por especialistas para confirmar uma “catástrofe” de pressão na cabine onde estavam os tripulantes.
“Com essa determinação (da morte dos tripulantes) nós notificamos imediatamente às famílias. Em nome da Guarda Costeira dos Estados Unidos e de todo o comando unificado eu aqui trago os nossos pêsames para as famílias e espero que essa descoberta traga algum conforto nesse momento tão difícil”, pontuou John Mauger, contra-almirante da Guarda Costeira dos EUA.
De acordo com a equipe, os destroços são consistentes com uma implosão, entretanto, Mauger confirma que ainda continuarão as buscas no local para entender como o acidente ocorreu.
“Esse é um caso extremamente complexo. Nós ainda estamos trabalhando e analisando detalhes para saber a linha do tempo desse acidente”, completou o contra-almirante. As autoridades acreditam que o acidente esteja apenas a 487 metros da proa dos destroços do Titanic.
Além disso, como se trata de um local de difícil acesso, o contra-almirante afirma que não pode confirmar a possibilidade de recuperar os corpos dos cinco passageiros a bordo do submersível Titan.
O submarino desapareceu no domingo (18/6) e os cinco tripulantes perderam contato após uma hora e 45 minutos do mergulho. Eles tinham como destino os destroços do Titanic, que estão a 3.800m de profundidade e a 600 km a sudoeste da costa do Canadá.
Linha no tempo:
Domingo (18/6) – o submarino começou a descer ao fundo do mar, mas desapareceu pouco depois. O trajeto deveria durar duas horas, e a embarcação parou de se comunicar depois de uma hora e 45 minutos de descida.
Segunda-feira (19/6) – As buscas começaram no domingo à noite, e contam com Marinha canadense e americana, agências governamentais e empresas comerciais especializadas em águas profundas estão ajudando na operação para encontrar o submersível.
Terça-feira (20/6) – Em entrevista coletiva, Guarda Costeira dos Estados Unidos estimava que o submarino tivesse cerca de 40 horas de “ar respirável”
Quarta-feira (21/6) – A Guarda Costeira dos Estados Unidos anunciou que um avião canadense detectou, por meio de sonar, barulho de batidas emitidas a cada 30 minutos no fundo do mar. No mesmo dia, um robô subaquático da França chegaria à região, no Atlântico Norte, a 550 km da costa do Canadá, para auxiliar nos esforços de resgate. O robô consegue descer a até 4 mil metros de profundidade.
Quinta-feira (22/6) – A Guarda Costeira dos Estados Unidos (EUA) descobriu um campo de destroços nas proximidades da área de busca. A Guarda Costeira realizará uma coletiva de imprensa às 15h no horário local de Boston, nos Estados Unidos (16h em Brasília