Julho Amarelo: Abertura da Campanha é marcada por palestras e plantão de testes rápidos

Nesta segunda, 3, o auditório do Campus 1 da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) sediou a abertura da Campanha Julho Amarelo, que trabalha a atenção e proteção contras as hepatites virais, consideradas Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s). A campanha nacional, em Marabá é desenvolvida pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) por meio do Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA).

O evento contou com a participação de vários representantes envolvidos na campanha, como a Diretora do SAE/CTA Marabá, Katiane Chaves, além do médico infectologista do Centro, Harbi Amajd Otman, e das Diretoras de Atenção Básica, Sabrina Aciolly e do setor de Média e Alta Complexidades, Sheila Macedo. Antes do início das palestras, houve apresentação da Banda da Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM). Durante as contribuições dos profissionais presentes houve intérprete de Libras e ao final, os participantes, a maioria alunos de cursos da área da Saúde na Unifesspa e em outras instituições, puderam receber certificados de carga horária universitária.

Katiane Chaves, Diretora do SAE/CTA Marabá

“O município de Marabá, através da Prefeitura, por meio da SMS e o SAE/CTA Marabá, não poderiam deixar de desenvolver essa campanha tão importante de combate às hepatites virais. Esse mês, nós estaremos intensificando ações que já realizamos durante todo o ano. Então hoje, dia 3, que é a abertura, até o dia 30 de julho, estaremos com uma programação itinerante em pontos estratégicos do município de Marabá, para então chamar a atenção da população para ficarem atentos à programação, buscar o CTA itinerante, para deixar a testagem em dias, orientação e aconselhamento com relação à promoção, prevenção, diagnóstico e tratamento das hepatites virais”, pontua Katiane Chaves, Diretora do SAE/CTA de Marabá, que atende também municípios vizinhos.

A gestora do SAE também reitera que o município é referência em atendimento na região e atualmente o CTA monitora e trata 41 pessoas com Hepatite B e 22 por Hepatite C.

“É importante pontuar a questão da cura da Hepatite C e hoje em Marabá, estamos com um total de 100 por cento dos casos tratados e curados de Hepatite C”, contribui Katiane.

Segundo o médico infectologista do SAE/CTA, Dr Harben Otman, “a ideia da campanha é divulgar sobre os sintomas, quando procurar e informar que a maioria das pessoas é assintomática e nas hepatites crônicas como a B e C, essa pessoa só vai desenvolver um sintoma numa fase avançada da doença, como cirrose ou câncer hepático”, explica.

Dr Harben Otman, médico infectologista do SAE/CTA

Dentro do grande grupo de hepatites virais, as mais comuns trabalhadas são A, B, C, D e E, das quais as hepatites A e E não são consideradas IST’s e têm transmissão oral, como alimentos contaminados ou má higienização das mãos. Já os tipos B e C são consideradas IST’s, podem se tornar crônicas e as pessoas podem ficar anos com problemas progressivos no fígado. A hepatite D só é adquirida por quem já tem o tipo B, ou seja, a vacina contra a hepatite B já previne do tipo D.

“É por isso que a gente vai levar a testagem a vários pontos da cidade para diagnosticar e iniciar um acompanhamento para não desenvolver aqueles quadros mais avançados da doença”, reitera o infectologista.

Diretora de Atenção Básica da SMS, Sabrina Accioly

“Na Atenção Básica, que é a porta de entrada, os médicos e enfermeiros estão todos habilitados e treinados a encaminhar esse paciente com resultado positivo ao SAE/CTA, onde ele fará todo esse acompanhamento com toda a medicação necessária de forma gratuita”, complementa a Diretora de Atenção Básica da SMS, Sabrina Accioly.

Uma das participantes do evento de abertura da Campanha foi a acadêmica do 4º Semestre do curso de Saúde Coletiva na Unifesspa, Bruna Castro, 25 anos. Para ela, é fundamental participar de campanhas para adquirir experiências na área.

Bruna Castro, acadêmica do curso Saúde Coletiva/Unifesspa

“A campanha tem como importância essa prevenção para as pessoas entenderem e se conscientizarem do que são as hepatites virais e para nós acadêmicos, também é essencial, porque o que a gente vê na teoria é diferente da prática e é importante que a gente tenha a prática dessas ações em nosso município, visto que eu vou ser uma profissional que estará à frente como sanitarista”, comenta.

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