Seaspac: Condim e órgãos de segurança discutem políticas públicas para as mulheres negras

Na manhã de terça-feira, 21, foi realizado no Salão do Júri do Tribunal Estadual de Justiça, a Roda de Conversa “Minha voz uso para dizer o que se cala”, retratando a importância das políticas públicas para a existência, o empoderamento e fortalecimento das mulheres negras. O evento foi organizado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (Condim), Secretaria de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (Seaspac) e Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram).

Uma das debatedoras foi a professora da Unifesspa, membro do coletivo Consciência Negra e Movimento de Marabá e da Articulação Feminista de Marabá, Margarida Negreiros.

Margarida Negreiros, professora da Unifesspa, membro do coletivo Consciência Negra e Movimento de Marabá e da Articulação Feminista

“Um debate que é de extrema importância sobre políticas públicas que possam valorizar e transformar a vida das mulheres. Melhorando a qualidade de vida dessas mulheres de forma efetiva. Porque sabemos que tem muita coisa sendo feita, mas que precisamos de mais”, destaca.

A secretária adjunta da Seaspac, Priscila Veloso, explica que a ação faz parte das atividades do projeto “Desesseis dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”.

Priscila Veloso, secretária adjunta da Seaspac

“Hoje é continuidade dessas atividades. Há discussão sobre as mulheres negras estarem inseridas no mercado de trabalho, sobre oportunidade e igualdade. Então nós sensibilizamos sobre a importância de políticas públicas compensatórias às mulheres negras”, explica.

A coordenadora especial das políticas públicas para as mulheres da Seaspac, Helianne Paiva, explica a temática foi alusiva ao Dia da Consciência Negra, que aconteceu na segunda-feira, 20.

Helianne Paiva, coordenadora especial das políticas públicas para as mulheres da Seaspac

“Aproveitamos a data e considerando a vulnerabilidade maior pelo que as mulheres negras passam, convidamos comunidade, estudantes, a rede de proteção, os órgãos de segurança do município para participar desse debate”, comenta Eliane.

O coordenador da Patrulha Maria da Penha de Marabá, Inspetor Lemos, foi um dos participantes do evento.

Inspetor Lemos, coordenador da Patrulha Maria da Penha de Marabá

“É importante adquirir conhecimento, pois sabemos dos números elevados dos dados estatísticos referente a questão dos negros, envolvendo prisões e homicídios. É importante esse olhar para a gente se conscientizar dessa questão e levar essa reflexão para dentro do nosso trabalho, dos nossos locais de amizade”, conta o inspetor.

As ações continuam nesta quarta-feira, 22, com diálogo no Batalhão da Polícia Militar 4ºBPM. Na quinta-feira,23, será realizada uma palestra na Faculdade UNIP. Na sexta-feira, 24, as ações acontecerão no CRAM e no SESC. Outras ações acontecerão até o encerramento no dia 15 de dezembro, na Orla Encontro dos Rios.

Nadjalucia de Oliveira, titular da Seaspac

“Há cerca de quase quatro anos, estamos trabalhando 16 dias de ativismo contra a violência, contra a mulher. Há um dia peculiar, que é o dia da consciência negra. Vamos discutir o posicionamento dessa mulher negra na sociedade, essa discriminação que é estrutural. A mulher negra tem um maior índice de pobreza, de desemprego, de violência contra ela, quem está no cárcere. Então, é quem abandona o estudo muito cedo, é quem é mãe solo, é quem é mãe muito precoce. Temos que desconstruir isso e fazer uma sociedade mais igualitária nessa questão de gênero. Nos outros dias teremos diferentes temas focados na diminuição da violência contra a mulher”, complementa a titular da Seaspac, Nadjalucia de Oliveira.

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