O fim de tarde de sábado, 13, foi marcante para os torcedores eufóricos do Águia de Marabá, que lotaram o estádio Zinho Oliveira para prestigiar a Supercopa Grão-Pará, uma competição inédita que reuniu dois grandes campeões de 2023, Águia da 1ª Divisão; e Canaã Futebol Clube da 2ª Divisão. A disputa, que abre oficialmente as competições da Federação Paraense de Futebol, rendeu mais uma taça para o atual campeão do Parazão.
“A Federação trouxe a abertura do campeonato paraense já com a final. Isso é muito legal porque ela trouxe os dois vencedores, das duas divisões, para celebrar essa vitória com mais uma partida. O time do Águia manteve a base em campo, mas trouxe algumas novidades no meio-campo, no ataque, e os cerca de 2 mil espectadores estão conhecendo aí esse novo elenco, que pelo que se viu se preparou bastante”, pontua o Secretário de Esporte e Lazer, Thyago Ferraz.
A Super Copa Grão-Pará, a partir deste ano de 2024, marca a abertura da temporada no futebol paraense, na qual a final da competição sempre é realizada na casa do campeão do Parazão.
O jogo
Apesar do Azulão estar aparentemente mais preparado e ter dominado a bola, o primeiro tempo foi desafiador e disputado fisicamente. O goleiro de Canaã, Matheus Polentine, efetuou várias intervenções de tirar o fôlego da torcida azulina, que não cessava de aclamar o time com gritos, bandeiras e com a tradicional fanfarra, comandada pelo Éder Show.
“A gente está sempre com o Águia por onde ele estiver. Eu costumo dizer que essa banda é o coração do jogo. Ela que faz pulsar essa alegria toda, incentiva mais e o torcedor se sente mais animado, seja ganhando ou perdendo”, garante o torcedor.
Os primeiros 45 minutos deram ênfase ao goleiro do Canaã, evitando qualquer entrada de bola que fizesse a torcida azulina festejar. Ele e o time optaram por mais defesa e apostas em jogadas de contra-ataque e de bola parada.
O segundo tempo não trouxe tantas mudanças no jogo, a não ser na substituição do zagueiro Mateus Martins para a entrada do zagueiro Gabriel, do Canaã, o que não mudou tanto, já que o Águia seguiu com a posse de bola e o Canaã permaneceu na defensiva. Mas a entrada de Alan Maia e Wander aqueceram ainda mais no time azulino, desafiando o goleiro do Canaã que já era provado desde o primeiro minuto em campo. O time visitante também se revelou gigante em duas oportunidades espantosas de gol, mas sem sucesso.
Com o acréscimo de 8 minutos, as torcidas já se preparavam para roer as unhas nos pênaltis, já que permaneciam em 0x0. Mas o restinho de tempo foi suficiente para o lateral-direito Bruno Limão marcar, aos 53 minutos, após um escanteio, o gol tão esperado pela torcida azulina, rendendo ao Águia o título pioneiro na Supercopa Grão-Pará, a primeira conquista do novo treinador Rafael Jaques.
O capitão Betão comemorou e agradeceu a vitória histórica do Azulão. “É emocionante. Não poderia deixar de ser o Águia se não fosse sofrido, como foi o título paraense do ano passado, mas a gente foi merecedor, criamos todas as oportunidades melhores de gols e eu tinha certeza que Deus ia nos coroar com esse título. Foi o que aconteceu e graças a Deus, agora a gente é campeão”, expressa.
Torcida
Da criança ao idoso, a euforia tomou conta da galera que comemorou mais uma taça do Águia. “Eles jogaram com muita garra e coragem. Foi bom demais esse jogo. Todas as vezes que eu venho, torço muito para o meu Águia vencer, inclusive sempre coloco em oração a Deus e à Nossa Senhora de Nazaré, que meu time faça um bom jogo”, relata Laudi Rodrigues.
“Eu sou apaixonado pelo Águia e minha família toda também. Sempre gosto de vir e acompanhar meu time de coração.” declara o pequeno João Pedro Chaves, 9 anos.
“A minha família fala que eu sou torcedora Aguiete, porque eu amo tanto esse time que foi até tema do meu aniversário”, revela a fã Gizele Amaral, 39 anos.
Fotos:
