gabinete do senador Beto Faro recebeu nesta quinta-feira (04/04) representantes do Instituto Aço Brasil, entidade representativa das empresas produtoras de aço, para um debate em torno do Projeto de Lei 705/2024 de autoria do senador paraense, que propõe medidas temporárias em defesa comercial do mercado de aço brasileiro.
O PL de iniciativa do senador paraense, tenta responder uma crise complexa enfrentada pelas siderúrgicas nacionais que envolve diversos aspectos econômicos e políticos: De um lado está a China, principal parceira comercial do Brasil e do outro, a indústria nacional que pede socorro e já opera com ociosidade de 40%. “É importante buscar soluções que promovam um ambiente mais justo para a indústria brasileira, garantindo a competitividade de nossa indústria”, afirma Beto Faro.
A delegação formada por 6 executivos do setor, sob a coordenação de Jéssica Fernandes Freirias (Presidente do Comitê de Assuntos Jurídicos do IAB), fez uma apresentação do cenário econômico brasileiro do aço. De acordo com o relatório apresentado o parque produtor de aço no Brasil conta atualmente com 31 usinas instaladas em 4 regiões do país, com exceção do centro-oeste. Juntas elas produzem por ano 51 milhões de toneladas de aço bruto enquanto que sozinha a China ocupa o topo do ranking mundial com produção de 1 bilhão de toneladas por ano. “O que a China exporta para o Brasil é apenas um excedente na produção de aço que entra em nosso mercado com preços subsidiados atropelando a competitividade de nossos produtos”, afirmou em sua apresentação.
A comitiva destacou que o PL proposto pelo senador Beto Faro vai ao encontro a uma urgência do setor que já vinha clamando junto ao Governo Federal pela implementação de uma tarifa emergencial de 25% sobre as importações de aço. A ideia é garantir a sustentabilidade das operações, preservar os empregos na área e retomar o crescimento da indústria nacional cuja perspectiva é de redução estimada em 8% na produção para 2024.
Um próximo encontro deverá acontecer com o senador Beto Faro com o presidente do Instituto Aço Brasil, para que se debata ainda mais o projeto, bem como com outras entidades envolvidas na matéria.