Com o objetivo de defender os moradores do Núcleo São Félix, o deputado estadual Chamonzinho (MDB) tomou uma ação decisiva nesta terça-feira (17), convocando uma reunião emergencial com o presidente da Assembleia Legislativa, Chicão, e representantes da Defensoria Pública do Estado do Pará. A medida foi tomada após protestos que interditaram a ponte ferroviária local, em reação a uma decisão judicial que determina que os residentes paguem indenizações por perdas e danos pela ocupação dos imóveis.
“A ponte está interditada, os moradores estão clamando por justiça social e nós, enquanto representantes do povo, não podemos nos omitir”, afirmou Chamonzinho durante sessão no plenário. O parlamentar garantiu que o Governo do Estado e a Defensoria Pública estão trabalhando ativamente para assegurar que não haja qualquer desocupação, trazendo alívio às mais de 100 famílias ameaçadas de despejo nos núcleos São Félix I e II.
Durante a reunião, os defensores públicos reforçaram que, no momento, não há risco de desocupação e que todas as medidas jurídicas necessárias estão sendo tomadas para garantir a proteção dos direitos dos moradores. “O compromisso do Governo do Estado é claro: garantir que essas famílias não sejam prejudicadas”, reiterou o deputado.
Na sequência dos protestos, uma nova reunião foi agendada para esta quarta-feira (18), que contará com a participação de defensores públicos, do secretário regional de Governo, João Chamon, e de representantes das famílias atingidas. O objetivo é encontrar uma solução definitiva e justa para a questão, de modo a evitar o agravamento do conflito e as consequências sociais de um eventual despejo em massa.
Entenda o contexto
O protesto teve início na manhã desta terça-feira (17), às 6h, com o bloqueio da BR-222, interrompendo o trânsito na ponte rodoferroviária que cruza o Rio Tocantins. Os moradores, muitos deles afetados diretamente por um processo judicial que pode resultar na expulsão de mais de 100 famílias dos núcleos São Félix I e II, buscam apoio das autoridades para evitar o despejo iminente. A situação tem gerado enorme apreensão entre os residentes e impactado negativamente a circulação de pessoas e mercadorias entre os dois lados do rio.
Com a intervenção das autoridades estaduais e o apoio de Chamonzinho, a expectativa é de que as famílias possam contar com a assistência jurídica necessária e, sobretudo, com a garantia de que seus direitos serão respeitados.