Vitória de Trump trará ao mundo um desenfreado ‘Estados Unidos primeiro’

Estilo de Trump pode provocar mais tensões na América Latina, onde aliados-chave como Colômbia e Brasil, além do México, estão sob governos de esquerda

O retorno de Donald Trump à Casa Branca trará grandes mudanças para os Estados Unidos e para o mundo, já que o futuro presidente nacionalista está determinado a virar a página de quatro anos de governo democrata, que confortou aliados e enfrentou inimigos.
A vitória do republicano Donald Trump sobre a vice-presidente Kamala Harris provavelmente terá seu impacto mais imediato na Ucrânia, já que ele falou sobre um fim rápido da guerra, forçando Kiev a fazer concessões aos invasores russos.
legisladores republicanos apoiem a renovação.
Um “Trump 2.0” sem freio
Trump rompeu com o consenso pós-Segunda Guerra Mundial entre republicanos e democratas, baseado em alianças militares e diplomáticas no mundo, para buscar uma plataforma “EUA em primeiro lugar”, promovendo os interesses americanos, especialmente no comércio.
regime iraniano.
Espera-se que Trump incentive mais países árabes a reconhecerem Israel, após liderar um acordo histórico em 2020, quando os Emirados Árabes Unidos, Marrocos e Bahrein normalizaram suas relações com Israel.
O governo de Biden tentou convencer a Arábia Saudita a normalizar laços com Israel, mas os Estados árabes se sentem mais à vontade negociando com Trump, que tem minimizado as preocupações com os direitos humanos.
Embora a maioria dos aliados ocidentais fique alarmada só de pensar em ter que negociar novamente com Trump, sua vitória é uma boa notícia para conservadores como o primeiro-ministro húngaro Viktor Orban e para autocratas que apreciam a postura transacional de Trump, como o presidente russo Vladimir Putin e o líder norte-coreano Kim Jong Un.
Espera-se que Trump, que aprecia eventos com potencial para a televisão, busque uma cúpula com Putin em breve.
Mas Leon Aron, analista sênior do American Enterprise Institute, adverte que Trump ainda tem limites institucionais, e pode enfrentar oposição do Congresso e de seus assessores a qualquer acordo que seja visto como uma derrota para os Estados Unidos, como no caso da Ucrânia.
“Acredito que seu primeiro passo seria algum tipo de diplomacia pessoal muito dramática. ‘Vladimir, vamos conversar. Podemos resolver isso'”, disse Aron. “Até onde ele vai? É difícil prever.”
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