Em meio às desigualdades, o país tenta a recuperação e ascensão social e econômica com a criação de novos empregos
Após quase uma década, o Brasil voltou a ser predominantemente um país de classe média. Os dados foram divulgados pela Tendências Consultoria. Os números evidenciam que, em 2024, 50,1% das residências brasileiras seriam classes A, B e C, com renda familiar mensal superior a R$ 3,4 mil. No último dado apresentado, o maior índice foi em 2015, quando 51% das famílias brasileiras preenchiam essa faixa de renda.
O crescimento econômico nos últimos anos, gerada por um recorrente aumento dos salários e com o fortalecimento do mercado de trabalho, foi uma das razões que determinaram essa transição. Segundo o levantamento, entre 2023 e 2024, houve um acréscimo de 3,6 milhões de novas vagas de empregos formais, levando ao impulso de renda entre as famílias e proporcionado um crescimento na evolução social.
Para 2025, é esperado um ano de grandes desafios
Apesar dos números mostrarem saltos importantes, estudiosos advertem aos impasses que ainda predominam. A Tendências Consultoria imagina que haverá uma demora no ritmo de desenvolvimento na sociedade em 2025. O aumento e diversificação na renda da classe C, é esperado que seja de 6,4%, superando a média nacional de 3,8%, mas menos expressividade comparado aos anos anteriores.
Outrora, com o crescente aumento de trabalhos informais, desigualdades em salários entre homens e mulheres e com pouco investimento em educação, saúde e qualificações profissionais continuam como obstáculos para a estabilização dessa classe em desenvolvimento.
O impacto social e político
Com o aumento da classe média no país, a economia acende juntamente com o cenário social e político. Ao longo dos anos, a classe média determinou no consumo e no surgimento de novos setores da educação e saúde particulares, incentivando melhorias nos serviços públicos para uma melhor eficiência.