Morreu, neste domingo (19), o jornalista esportivo João Baptista Bellinaso Neto, o Léo Batista, aos 92 anos. A voz marcante, como o comunicador era conhecido, lutava contra um tumor no pâncreas, motivo pelo qual foi internado no dia 6 de janeiro.
O ícone do jornalismo esportivo nasceu em 1932, no município paulista de Cordeirópolis. Ao longo de sua carreira, Léo Batista comunicou momentos marcantes da história do Brasil, como o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, e a morte de Ayrton Senna após o acidente em Ímola, na Itália, em 1994.
Em 1952, o então Bellinaso Neto, como era conhecido profissionalmente recebeu uma sugestão do colega Luiz Mendes: por achar o nome complicado, o jornalista recomendou a adoção mais simplista de ‘Léo Batista’. Assim, foi conhecido em uma trajetória de mais de 50 anos na TV Globo, onde cobriu Copas do Mundo, Olimpíadas, corridas de Fórmula, competições de boxe, entre diversas outras modalidades.
Porém, além dos grandes eventos, Léo Batista foi um dos grandes responsáveis por revolucionar o modo como o esporte é comunicado na televisão.
Ainda na TV Excelsior, rede paulista com filial no Rio de Janeiro, Batista foi precursor de quase todos os programas esportivos. Na TV Globo, fez parte da criação do Esporte Espetacular em 1973 e foi apresentador do Copa Brasil, programa que deu origem ao Globo Esporte em 1978.
Além dos esportes, o jornalista também apresentou o Jornal Nacional, o Jornal Hoje, desfiles do Carnaval do Rio e o Fantástico, onde começou anunciando resultados da loteria esportiva e criou o quadro ‘Gols do Fantástico’.