Nos rios de Barcarena, nordeste paraense, uma nova descoberta tem despertado a curiosidade de pescadores e intrigado especialistas. Entre redes e anzóis, um crustáceo de proporções incomuns e coloração azulada tem sido frequentemente capturado na região, gerando espanto e questionamentos sobre sua origem e impacto ambiental.
O animal em questão, segundo especialistas, é o camarão-da-Malásia, uma espécie exótica que se diferencia do camarão regional tradicionalmente pescado na área.
O Macrobrachium rosenbergii, nome científico do crustáceo, pode atingir até 32 cm de comprimento e pesar cerca de 1 kg. Sua aparência imponente, marcada por patas longas, corpo acinzentado e cauda azulada, tem levado muitos pescadores a compará-lo com o lagostim.
A presença do camarão gigante tem sido amplamente registrada nas redes sociais, onde pescadores compartilham imagens do animal ao lado de mãos e até cabeças humanas para ilustrar seu tamanho impressionante.
Apesar do fascínio inicial causado pelo tamanho e aparência do camarão, especialistas alertam para os riscos ecológicos da presença dessa espécie exótica no ecossistema local.
Segundo o biólogo Victor Hugo Costa, ouvido pela CNN Brasil, o crustáceo se alimenta de outros camarões e pequenos organismos aquáticos. A ausência de um predador natural também contribui para uma reprodução descontrolada no ecossistema, ameaçando a existência das espécies locais.