Professores pedem ajuda à Câmara para pagamento do piso do magistério

 

Câmara Municipal de Marabá esteve lotada de professores na manhã desta terça-feira (29). Mais de 300 educadores estiveram no plenário Thiago Koch reivindicando o pagamento do piso salarial dos professores da rede pública de educação básica que foi reajustado em 6,27% para 2025, fixando o valor mínimo em R$ 4.867,77 para uma jornada de trabalho de 40 horas semanais.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Educação Pública do Pará (SINTEPP), Subsede Marabá, Tatiana Alves, pediu aos vereadores uma mediação da Câmara para ajudar na construção de um diálogo com o prefeito Toni Cunha. “É preciso falar com o servidor e não apresentar falas evasivas. Ainda é tempo, prefeito, repense. Nós temos o Fundeb e o senhor deve assumir sua responsabilidade. Peço que os vereadores sentem com o prefeito e nos ajudem nesta questão”.

A sindicalista criticou as postagens do prefeito em sua rede social em relação à greve e disse revelou que no ambiente escolar não tem ventilador em muitas salas de aula nem merenda para os alunos, culminando com a negativa de pagar o piso para os professores. “Agora é greve”, finalizou Tatiana.

Os vereadores se colocaram à disposição para ajudar na negociação com o gestor municipal. Ronaldo da 33 pediu que a Comissão de Educação acompanhe o caso e que não deixe o prefeito retirar o ponto dos professores que participarem do movimento paredista.

Fernando Henrique, por sua vez, destacou que é preciso cobrar por promessas realizadas durante o período eleitoral. E que o pagamento do Piso aos professores é uma delas. “A minha posição é estar ao lado do servidor, apesar de ser base do governo. Esta foi uma promessa de campanha, e eu que sou base estarei junto cobrando do prefeito. Quero continuar acreditando no governo como acreditava na campanha, mas para isso ele precisa fazer a sua parte e cumprir o que prometeu em campanha. Ele disse que piso não se discute se paga, e contem comigo para esta luta”.

O presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal de Marabá, vereador Marcos Andrade, se colocou à disposição de toda a classe para dialogar junto ao poder público municipal. “Greve é um direito, mas o diálogo é um dever de todos nós. Tenho interesse de participar da conversa entre o prefeito e a classe dos educadores”.

Dean Guimarães garantiu que apoia a causa e que a educação é o pilar da sociedade. “Direito é direito e nós estaremos nesta luta também com os professores”.

O vereador Jocenilson Silva foi outro que pediu que a Comissão de Educação enfrente o problema e ajude na construção de um diálogo para que o prefeito pague o piso salarial aos professores e o vale-alimentação de mil reais a todos os servidores da Marabá.

Todos os demais vereadores presentes na sessão apoiaram as pautas defendidas pelos educadores.

A gestão municipal divulgou nota na manhã desta terça feira

Veja

A Prefeitura de Marabá informa à população que mantém aberta a mesa de negociação com os profissionais da educação, conduzindo o diálogo com responsabilidade, transparência e respeito aos limites legais e orçamentários da administração pública.

Apesar desse esforço contínuo de conciliação, um grupo de servidores decidiu deflagrar greve, comprometendo o funcionamento regular da rede municipal de ensino. Diante disso, a Prefeitura informa que irá pleitear junto ao Poder Judiciário a declaração da ilegalidade do movimento, uma vez que a paralisação afronta o interesse público e prejudica diretamente o direito fundamental à educação de milhares de alunos.

A Prefeitura reconhece o direito constitucional de greve, mas destaca que esse instrumento não pode ser utilizado de forma a causar prejuízo irreparável à população, sobretudo quando há tratativas em andamento e plena disposição da gestão para construir soluções equilibradas. Além disso, é essencial preservar a responsabilidade fiscal e a continuidade das demais políticas públicas que atendem a sociedade como um todo.

A Prefeitura reafirma o compromisso com a valorização dos profissionais da educação, com a qualidade do ensino público e com a proteção dos direitos dos estudantes e das famílias.

Compartilhe:

Apoiadores do ZecaNews