Vanessa Montenegro Pereira da Silva e Elivan Lima da Silva, de 38 anos, viveram em união conjugal por 20 anos. Ele trabalhava em uma empresa, de carteira assinada. No fim do mês, tudo o que ganhava era para o sustento da família. Ela, de outro lado, inscreveu os filhos no benefício social do governo federal, e as duas rendas não garantiam luxo, mas possibilitavam aos filhos do casal uma vida digna, não lhes faltava alimento, roupas, abrigo.
Mas tudo isso mudou no dia em que Elivan, cansado, chegou de mais um dia de trabalho e, em casa, só encontrou os nove filhos, abandonados, sem a mãe, sem proteção, totalmente vulneráveis.
Elivan procurou em todos os cantos, perguntou para conhecidos, andou por aqui e ali, e descobriu o pior: Vanessa abandonou o lar, foi embora, fez novas amizades e enveredou pelo caminho das drogas. E o pior: levou o cartão magnético de saque do Bolsa-Família. O dinheiro do benefício, Vanessa “investiu” no tráfico de entorpecentes.
Após tomar pé da situação, mais calmo, o homem, que morava com a família, na localidade Landi, procurou o Judiciário em São João do Araguaia, onde diz ter sido muito bem recebido. Contou o drama que estava vivenciando.
Dali foi encaminhado para o CRAS (Centro de Referência em Assistência Social), onde imediatamente o nome de Vanessa foi cancelado como responsável pelo Bolsa Família. E ela também perdeu a guarda das crianças.
Uma diligência do Conselho Tutelar foi à casa de Elivan, constatou que as nove crianças haviam sido abandonadas pela mãe. O que garantiu a manutenção do Bolsa Família, desta vez tendo o pai, Elivan, como titular do benefício.
Paralelamente, o homem vivencia outro problema: tenta conseguir um benefício para outra filha, uma adolescente de 14 anos de idade, que é especial. Mas, precavido, ele consultou antes a Justiça e, ali garantiram para ele que um benefício não anula o outro.
Elivan contou que teve de pedir demissão do emprego para poder cuidar dos nove filhos abandonados pela mãe, inclusive uma bebê de um ano e três meses. Ontem (3), ele mudou com a família para o Bairro Araguaia, em Marabá, “mais perto de tudo”, e passou a usar a moto que lhe servia de transporte, para trabalhar como mototaxista por aplicativo, “para garantir o sustento” dos filhos.
Quem desejar amenizar o drama de Elivan Lima da Silva e das nove crianças, com alguma doação que possa ajudar a família, pode ligar para (94) 99189-7670