Bolsonaro alega “alucinação” por mistura de remédios durante violação de tornozeleira; ex-presidente segue preso

prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi validada e mantida por uma juíza auxiliar do Supremo Tribunal Federal (STF) após audiência de custódia realizada neste domingo (23), na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A oitiva durou cerca de 30 minutos e confirmou a determinação do ministro Alexandre de Moraes, executada no sábado (22). Durante o depoimento, Bolsonaro tentou justificar a tentativa de violação da tornozeleira eletrônica alegando efeitos colaterais de medicamentos.

Segundo a ata da audiência, o ex-presidente relatou que, na sexta-feira (21), sofreu uma “alucinação” de que haveria uma escuta escondida dentro da tornozeleira eletrônica. Movido por uma “certa paranoia”, ele admitiu ter utilizado um ferro de solda para tentar abrir a tampa do equipamento, argumentando possuir treinamento para operar esse tipo de ferramenta. Ele afirmou que só “caiu na razão” por volta da meia-noite, momento em que interrompeu a ação e comunicou os agentes de custódia, ressaltando que seus familiares dormiam e não presenciaram o ato.

A defesa atribuiu o surto a uma interação medicamentosa inadequada entre as substâncias Pregabalina e Sertralina. Bolsonaro explicou que o antidepressivo Sertralina foi prescrito pela endocrinologista Marina Pasolini, incluída em sua equipe médica em outubro, sem o conhecimento dos médicos que o acompanham regularmente, o cirurgião Cláudio Birolini e o cardiologista Leandro Echenique. O ex-presidente relatou ter iniciado o uso do novo remédio cerca de quatro dias antes de ser detido e que vinha sofrendo com “sono picado”.

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