Para evitar doenças respiratórias, comuns nessa época do ano, o animal deve ser acompanhado por um médico veterinário para vacinação e aplicação de vermífugo
No outono, é comum as mudanças bruscas na temperatura com o clima frio e seco, principalmente durante a noite. No norte do País o mês de abril deverá ser chuvoso, principalmente no Pará e no Tocantins, onde os volumes ficam acima da média. O ambiente se torna propício para gripe e outras doenças respiratórias nesse período, inclusive nos animais. Para quem tem cavalos, em dias chuvosos e de vento, a atenção deve ser redobrada com os abrigos e horários de banhos. Para garantir o bom manejo dos equinos, outras recomendações devem ser seguidas, como alimentação balanceada, higiene e vacinação.
O médico veterinário e coordenador do curso de Medicina Veterinária da faculdade Anhanguera, Odilon Soares, destaca que devem ser evitados banhos no período noturno e é fundamental secar bem a pelagem do animal, pois os choques térmicos podem gerar consequências graves para sua saúde. “Em dias chuvosos, os banhos devem ser mais criteriosos, pois o cavalo não deve passar a noite molhado, a pelagem úmida pode causar dermatites e podridão do casco. Se o banho for realmente necessário, recomenda-se lavar algumas partes como as patas e a barriga”, detalha o especialista.
A influenza equina e o garrotilho são doenças respiratórias altamente contagiosas. Os sintomas são tosse, dispneia (dificuldade respiratória) e presença de secreção nasal, além de febre, o que deixa os animais abatidos e sem apetite. O garrotilho é uma infecção causada pela bactéria Streptococcus equi e atinge outros nódulos do organismo do animal, causando abscessos (pus) em outras regiões como pulmões, fígado, baço até no cérebro.
A vacinação periódica é a principal medida de prevenção, porém, devido à alta capacidade de mutação do vírus da influenza, a vacina pode ter sua eficácia reduzida. Para o controle da enfermidade, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) preconiza o isolamento dos animais acometidos e a restrição do trânsito de equinos. O especialista alerta que, para o animal tomar o imunizante, deve estar livre de parasitas, por isso é preciso fazer a vermifugação. A orientação é que o cavalo seja acompanhado por um médico veterinário para que sinalize todos os procedimentos necessários para o seu bem-estar.
De acordo com a fase da vida, a alimentação do animal vai variar em relação à quantidade e peso. Os nutrientes necessários para todos os equinos são: água, proteína, carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais. O médico veterinário acrescenta que há outros alimentos classificados como: volumosos (pasto, capim cortado, feno e silagem), concentrados (grãos e ração) e suplementos. O especialista recomenda uma dieta equilibrada para manter os pelos brilhantes, além do bem-estar
