Em ofício enviado aos 17 deputados federais do Pará, Nilva Olivi apresenta vários argumentos para fundamentar o apelo
Presidente da Acim (Associação Comercial e Industrial de Marabá), Nilva Nogueira Fernandes Olivi, enviou ofício aos 17 deputados federais do Pará solicitando que não subscrevam a PEC de autoria da deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP), que propõe o fim da escala de trabalho 6 x 1, reduzindo as horas trabalhadas semanalmente, de 44 para 36, o que resultaria numa escala 4 x 3. Ou seja, quatro dias trabalhados por três de folga.
Na ofício, a Presidente da Acim, entre outros motivos, argumenta que isso “impactaria diretamente na competitividade empresarial perante o mercado mundial, inclusive com prejuízos para micros e pequenas empresas, que não teriam como arcar com o aumento de custos em razão da redução da jornada de trabalho, em razão da ausência de redução salarial proporcional”, alertando que “certamente, o argumento de que isso geraria empregos não se sustenta, pois o que gera emprego é o desenvolvimento econômico, o crescimento e a qualificação profissional”.
“É importante observar” – afirma a Presiente da Acim no ofício – “que a carga horária máxima estabelecida no Brasil (44h) está dentro da média mundial, sendo que países como Alemanha, Argentina, Chile, Dinamarca, Holanda, México e Inglaterra, as quais adotam regime semanal de 48 horas de trabalho”.
“Nesse passo” – prossegue a correspondência -, “o último estudo realizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta que 22% dos empregados do mundo trabalham mais de 48 horas por semana. No Brasil, ess e índice chega a 18,3%, com carga horária maior, sobretudo nos setores do comércio e serviços”.